O Rei do Bailundo, Tchongolola Tchongonga, Ekuikui VI, vai proferir na quinta-feira, no Palácio de Ferro em Luanda, uma aula magna sobre “A herança da arte musical e fabricação de instrumentos musicais ancestrais no reino do Bailundo”, no âmbito da 3ª edição do Festival BALUMUKA.
Mais de 27 estrangeiros de vários países, como Suíça, Bélgica, França e Alemanha aprendem a dançar kizomba na capital do país, informou, terça-feira, em Luanda, o mentor do projecto Muxima Kizomba Festival.
Em declarações ao Jornal de Angola, o mentor do projecto Muxima Kizomba Festival, Loyd Garcia, residente na Suíça, disse que o projecto existe há dois anos e surgiu durante a realização de viagens internacionais de turistas que saem da Europa para Angola. "O Muxima Kizomba Festival é enquadrado no projecto ‘Welcome to Angola’, que já existe há sete anos” e que procura promover o turismo cultural, trazendo para o país estrangeiros interessados nas suas várias manifestações culturais.
Loyd Garcia explicou que por haver muitos estrangeiros interessados pela kizomba e por muitos outros segmentos da cultura angolana, sentiu-se motivado a criar o Muxima Kizomba Festival, porque no primeiro festival de kizomba, realizado em 2023, mais de 27 estrangeiros de vários pontos da Europa fizeram questão de participar.
A kizomba, referiu, está a expandir-se de forma muito rápida em toda a parte do mundo, mas como há uma grande diferença em dançar este estilo na Europa em relação ao país de origem, daí o interesse de muitos preferirem vir beber na fonte, apreciar os ritmos e as passadas com aquela ginga original.
"Há muitos estrangeiros que têm vindo a Angola comigo e sentem-se encantados pelas belezas naturais e a forma animada dos angolanos, que depois acabam por vir sozinhos duas a três vezes num único ano”, disse.
O mentor do projecto sublinhou que esses estrangeiros têm estado a aprender a dançar kizomba com professores angolanos. Anunciou que na próxima semana se vai realizar uma gala para escolher o melhor bailarino angolano e as melhores escolas de kizomba, para que de seguida o pessoal que chegar da Europa passe a ter aulas com eles.
Quanto à elevação deste género musical e estilo de dança a Património Imaterial Nacional, Loyd Garcia frisou que foi uma decisão acertada do Executivo angolano, que abre caminho para outras distinções fora de portas.
"Muita gente conhece Angola através da dança kizomba e às vezes quando alguém se apresenta no estrangeiro basta falar da kizomba para as pessoas darem logo conta que é angolano. E, a elevação deste estilo musical e dança é uma honra para todos os angolanos”, disse com regozijo.
Com a expansão da kizomba pelo mundo, disse que o Ministério da Cultura e o Executivo angolano devem trabalhar afincadamente junto da UNESCO para que este estilo musical e dança sejam elevadas a Património Cultural da Humanidade.
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