O artista, além da apresentação da obra, vai realizar um Sarau Poético, com a participação do músico Negro Bru, a contadora de história Chica Reis e o artista plástico Isidro Sanene, que vai, nesse dia, inaugurar uma exposição de pintura.

Em declarações ao Jornal de Angola, Tatório Kahôlo explicou que o convite para apresentar a obra e participar do sarau, foi feito pelo coordenador da Casa da Cultura do Brasil, Isidro Sanene.

"Tenho uma parceria com a organização, porque já participei de um encontro artístico no Brasil, e gostaram do meu trabalho, por isso surgiu esse interesse da parte da instituição em lançar o livro”, realçou. Como artista, disse que o grande objectivo é o de levar a cultura nacional a várias partes do mundo.

O poeta avançou, também, que uma outra meta é a tradução dos livros nas línguas inglesa e francesa. Com isto, o artista pretende internacionalizar, ainda,  mais a carreira. 

Reedição dos livros

Tatório Kahôlo afirmou, em declarações ao Jornal de Angola, que pretende reeditar os livros "Sonhos Sem Pernas” e "Insígnia da Palavra”. O livro "Sonhos Sem Pernas” vai ser, em breve, lançado nas províncias de Benguela, Cuanza-Sul, Cuanza-Norte e Lunda-Sul, enquanto o livro "Insígnia da Palavra” está na fase final e a criar-se as condições para o lançamento.

Um outro projecto, frisou, é a realização de um recital de poesia, denominado "Sonhos Sem Pernas”. 

Uma nova dinâmica

O artista Tatório Kahôlo afirmou que tem surgido muitos movimentos poéticos, que acabam por dinamizar o movimento cultural.

O Litteragris, ressaltou, tem feito um grande trabalho no domínio da crítica literária. Segundo Tatório Kahôlo, é necessários que surjam outros grupos para que se continue a debater sobre a literatura.

Tatório Kahôlo disse que tem como referências na literatura nacional os escritores, Luandino Vieira, Adriano Botelho de Vasconcelos, João Mayomona e João Tala.

Questionado sobre o associativismo, Tatório Kahôlo afirmou que se encontra num estado difícil, sublinhado que, "muitas organizações ligadas à literatura estão a viver momentos financeiros difíceis e isso faz com que se realizem poucas actividades”.

Tatório Kahôlo afirmou que os escritores devem adpatar-se à realidade tecnológica, por isso pretende editar em formatos digitais, a fim de o mundo, de modo geral, ter contacto com os escritos.