Maria do Rosário Bragança considerou necessário, igualmente, privilegiar os cursos de Artes e Humanidades e Engenharias, que ainda apresentam um défice a nível do país. No final de um encontro de trabalho com os representantes da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), a ministra adiantou que o Governo angolano vai continuar a trabalhar com a igreja para melhoria da qualidade do ensino e da investigação científica.

O objectivo do encontro, explicou, foi a partilha de informações sobre o actual estado de funcionamento das IES sob tutela da CEAST e a criação de me- canismos para o acompanhamento destas, com vista à melhoria da qualidade de ensino superior.

A reunião de trabalho, disse, serviu, também, para fazer uma análise de como a oferta formativa é promovida pela CEAST, a nível das instituições de ensino, e como podem ser alinhadas ao Plano de Desenvolvimento Nacional, no domínio do Ensino Superior.

Actualmente, disse, existem a nível do país, 106 instituições de ensino superior, das quais, 28 públicas. Sob tutela da CEAST, referiu, estão a Universidade Católica e os institutos politécnicos de Benguela, Huambo e da Huíla.

 Desafios

O presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé apontou o actual contexto social, político e económico que o país vive, a burocracia para a acreditação de cursos, a tramitação de processos, assim como a fraca comunicação institucional, como os principais desafios que as instituições enfrentam.

José Manuel Imbamba disse que durante o encontro, a CEAST recebeu orientações no sentido de continuar a aprimorar a qualidade de ensino a nível do país. "As Instituições de Ensino Superior não se cingem só na formação técnica dos estudantes, mas, em incutir nos quadros valores éticos que fazem a diferença na sociedade”, referiu.