Opinião

Desafios da empregabilidade na sociedade angolana

A empregabilidade dos jovens, através de programas e projectos destinados a capacitá-los e a proporcionar oportunidades significativas de empreendedorismo, é, provavelmente, dos maiores desafios do actual Governo, dos parceiros e de toda a sociedade.

15/04/2024  Última atualização 06H45

O mês de Abril lembra, em muitos aspectos, a juventude angolana, independentemente da eventual falta de consenso relativamente à data de celebração do dia da juventude. Mas, para lá das celebrações ou referências da efeméride, de uma maneira geral os angolanos de todos os quadrantes convergem, em pelo menos, uma coisa: a necessidade de se dar resposta aos problemas da empregabilidade da juventude.

Nisto, as instituições do Estado têm responsabiliades acrescidas, fundamentalmente na criação de políticas públicas que permitam a economia criar empregos. Há um conjunto de esforços, desde à componente legislatva para facilitar a criação de empregos, aligeirar a carga fiscal das empresas de modo que os custos do emprego e do empregado sejam comportáveis para as empresas, e assegurar  uma diversificada oferta de postos de trabalho. Os operadoers privados devem, igualmente, jogar um papel relevante e actuante no processo de criação de postos de trabalho, ao ponto de não apenas ganharem o espaço que os cabe, mas também, em muitos aspectos, substituírem ao Estado, para corrigirem a ominipresença deste no mercado.

Precisamos de inverter o quadro que é completamente insustentável do ponto de vista da procura do primeiro emprego, traduzido na tendência de se olhar para as instituições públicas como principais e seguras entidades empregadoras.

Não é segredo para ninguém que prevalece uma mentalidade, compreensível em muitos aspectos relacionados com a História do país, baseada na ideia de que o emprego público é alegadamente melhor, seguro e estável. Mas, não é aceitável que esse ceneário sócio-económico prevaleça e se imponha, porque a economia angolana deve crescer com o concurso de micro, pequenas e médias empresas. E por tradição, recomendação e até fortalecimento da economia, não é o Estado  que se deve ater à criação das referidas inicativas empresariais e respectivas necessidades de criação de empregos.

A realidade económica mudou, há trinta anos, e, independentemente do Estado ser, ainda, dos maiores empregadores, é urgente abrir espaço para que os privados absorvam maior parte das pessoas à procura de emprego. Não será exagerado esperar por uma colaboração mais estreita entre as instituições do Estado, os operadores privados e as várias organizações representativas da juventude na busca das melhors sugestões e soluções aos problemas da empregabilidade. 

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