Política

Desafios da administração local exigem rápida adaptação dos gestores públicos

O ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, admite existirem “imensos” desafios na Administração local, um facto que exige dos gestores públicos rápida capacidade de adaptação.

29/04/2024  Última atualização 09H14
Adão de Almeida disse que os gestores públicos precisam de compreender os novos fenómenos e flexibilizar a Administração Pública © Fotografia por: Joaquim Armando| Edições Novembro

Ao proferir o discurso de abertura do I Workshop Nacional subordinado ao tema "Jovens líderes na governação local”, na província do Huambo, Adão de Almeida sublinhou que, diante destas mudanças, os gestores públicos precisam compreender os novos fenómenos e flexibilizar a administração pública local para mais rapidamente se adaptarem.

Acrescentou ser crucial que se mantenha a autoridade, elemento que não deve ser confundido com "arrogância”, tendo esclarecido, neste particular, que a "autoridade e humildade não são valores incompatíveis, tão pouco antagónicos. Pelo contrário, casam bem”.

A autoridade, assinalou Adão de Almeida, vem do respeito que temos pelo cidadão, do exemplo que damos com o nosso agir, da credibilidade que criamos quando garantimos alinhamento entre o que dizemos e o que praticamos e, principalmente, da percepção do cidadão que estamos no exercício das funções para o servir.

"O último ponto da nossa trilogia é a cultura da excelência, como um princípio norteador da prestação do serviço público, especialmente na administração local”. Para Adão de Almeida, a busca pela excelência é uma corrida sem fim, principalmente num mundo cada vez mais competitivo.

Desta forma, disse, "para nos mantermos nela é necessário criatividade, flexibilidade, inovação e adaptação contínua, sendo necessário mais acção do que palavra, mais conteúdo do que aparência”. Para se alcançar a excelência na prestação do serviço público na administração local, sublinhou o ministro de Estado e chefe da Casa Civil, é necessária vontade de transformar e de reformar. "É necessário inconformismo”.

Ao se dirigir para o vasto grupo de jovens e governadores provinciais, Adão de Almeida acrescentou que o êxito para "transformar e reformar exige um espírito crítico, instinto criador e pensamento autónomo”.

Durante o encontro, que decorreu sob o lema "Aproximar os serviços às populações: Uma missão e uma obrigação constitucional”, Adão de Almeida destacou que a governação de proximidade imposta à administração local, exige visão de futuro e planeamento estratégico. Referiu que, para se definir claramente os objectivos, é necessário conhecer os problemas e captar os anseios das pessoas, o que exige proximidade. Perante isto, chamou a atenção, "se agirmos na base do improviso, pensamos para hoje e não para amanhã, agimos com base no impulso do momento e não conseguimos ser consistentes e consequentes com a nossa acção”.

Em jeito de conclusão, o ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República realçou que para conhecer os problemas é necessário diálogo com as comunidades e não só, "o que nos sugere a abertura de novos espaços de interacção com os cidadãos”, sublinhando que a democracia não é  só o voto, sobretudo ao nível local. "A democracia tem que ser contacto, ouvir e sentir”

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