Desporto

Condições técnicas inquietam Federação

Rosa Napoleão

Jornalista

A falta de condições técnicas para a preparação das selecções nacionais é o desafio da Federação Angolana de Ginástica na presente época desportiva. A presidente de direcção, Elsa Pitra, apontou “muitas dificuldades” no momento de ensaiar as técnicas para as provas internacionais.

05/03/2023  Última atualização 06H20
Angolanas estão motivadas para alcançar novo sucesso nas competições africanas © Fotografia por: DR
Em declarações ao Jornal de Angola, a gestora manifestou preocupação para as provas qualificativas à maior reunião desportiva do mundo, a decorrer em Paris, França, em 2024.

"Depois do Campeonato Africano de Trampolim, a Federação está a projectar os 'Africanos' de Rítmica e Artística, a decorrerem em Maio. Essas provas serão pontuáveis para uma vaga no torneio dos Jogos Olímpicos de Paris'2024. Portanto, temos de preparar bem as selecções nacionais”, disse.

Elsa Pitra disse estar a realizar contactos para conseguir alguns patrocínios junto de diferentes entidades.

"Estamos atrás de apoios, porque temos necessidade de fazer os estágios pré-competitivos fora do país. Não temos os materiais cá no país. Neste momento, Angola só possui uma pista convencional de tumbling; não temos condições para os trampolins, o duplo mini, os praticáveis de rítmica e artística. Assim, não é possível fazer um estágio pré-competitivo condigno”, explicou.

A dirigente acrescentou que os estágios são feitos em Portugal por causa do factor língua e possuir "tudo quanto precisamos para uma boa preparação”.

"Seria bom levar as selecções a Portugal, mas isso vai requerer dinheiro. Este é o problema que nos aflige no momento”, ressaltou.

 

Duas medalhas no "Africano”

As duas medalhas de bronze conquistadas por Massoji Canhanga, nas categorias individual e por equipa, no Campeonato Africano de Trampolim, disputado no Reino de Marrocos, mereceu elogios da presidente de direcção da Federação Angolana de Ginástica, Elsa Pitra.

A dirigente aplaudiu o esforço dos atletas da Selecção Nacional, depois de passarem por grandes dificuldades durante a preparação, mas mesmo assim  tudo fizeram para subir ao pódio.

"Tivemos uma  participação positiva, apesar de não chegarmos ao número de medalhas desejado. Os dois terceiros lugares alcançados na competição deram-nos alguma visibilidade e estão todos de parabéns”, considerou.

Em gesto de reconhecimento, os representantes no "Africano de Trampolim” foram recebidos pela ministra da Juventude e Desportos, Palmira Barbosa, que os felicitou pela dedicação, deixou conselhos e algumas recomendações.

Na mesma agenda, as meninas da Selecção foram homenageadas pela Associação Mulher e Desporto (AMUD). Os ginastas encerraram o ciclo de visitas num encontro com o administrador municipal de Cacuaco, Auxílio Jacob, ex-presidente da Federação de Ginástica. "Disciplina, foco e determinação” foram as palavras recomendadas pela entidade.

Repene Germano (Lunda-Sul), Aníbal Luacuti (Benguela), Aser António (Benguela), Angelina Kalitoco (Namibe), Samba Mahula (Bié), Massoji Cahanga (Huíla) e Pedro Sacupuepua (Lunda-Sul) competiram sob a orientação dos treinadores Agostinho Sungo e Gabriel Sacande.

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