O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou hoje à "solidariedade global" para que os cerca de 43,5 milhões de refugiados possam "reconstruir as suas vidas com dignidade", recordando o "número recorde" de pessoas forçadas a abandonar as suas casas.
O Exército nigeriano anunciou, ontem, o resgate de mais de 300 pessoas do cativeiro do Boko Haram, numa operação que durou todo o dia de segunda-feira, na floresta de Sambisa, área que já foi uma reserva florestal movimentada ao longo da fronteira com os Camarões e o Níger.
Os reféns, na maioria crianças e mulheres,foram mantidos em cativeiro, no Nordeste da Nigéria, durante anos. A floresta de Sambisa, segundo o Exército, é um esconderijo do grupo extremista Boko Haram, responsável pela insurreição de 2009, referiu o major-general Ken Chigbu.
Chigbu disse que as pessoas pareciam exaustas. Segundo a Associated Press (AP), algumas das raparigas tinham bebés que se acredita terem nascido de casamentos forçados, como acontece, frequentemente, com as vítimas femininas que são violadas ou forçadas a casar com os militantes enquanto estão em cativeiro. Uma das reféns tinha sete filhos e contou que ela e outras pessoas não puderam escapar por causa dos filhos. "Sempre quis fugir, mas não podia fazê-lo por causa das crianças", disse Hajara Umara, que foi resgatada com os filhos. "Se te apanhassem a tentar fugir, torturavam-te e prendiam-te indefinidamente", acrescenta.
Os reféns libertados foram transportados em camiões para a sede do Governo do estado de Borno, onde as autoridades tomarão conta deles até regressarem a casa.
Extremistas mortos durante a operação
Alguns extremistas foram mortos durante a operação de salvamento e as suas casas improvisadas foram destruídas, informou o Exército. O Boko Haram, grupo terrorista da Nigéria, lançou a insurreição em 2009 com o objectivo de estabelecer a lei islâmica ('sharia') no país.
De acordo com as agências da ONU na Nigéria, pelo menos 35 mil pessoas foram mortas e 2,1 milhões deslocadas em resultado da violência extremista. Mais de 1 milhão de estudantes foram retiradas das escolas nigerianas, desde que o rapto, em 2014, de 276 raparigas por militantes do Boko Haram na aldeia de Chibok, no estado de Borno, chocou o mundo.
Nos últimos anos, os raptos têm-se concentrado nas regiões do Noroeste e Centro da Nigéria, assoladas por conflitos, onde dezenas de grupos armados visam, frequentemente, aldeões e viajantes em troca de resgate.
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