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Cabinda vai ter aterro sanitário

Pedro Vicente | Cabinda

Jornalista

A província de Cabinda vai ter, dentro de meses, uma infra-estrutura de ponta para o tratamento dos resíduos sólidos e orgânicos, a ser erguida na zona do Subantando, a 13 quilómetros da sede provincial.

30/01/2024  Última atualização 08H57
Vista parcial de Cabinda onde estão a ser criadas as condições para reforçar a recolha de lixo © Fotografia por: António Soares | Edições Novembro | Cabinda

O acto de consignação da obra, foi assinado, na semana finda, pelo vice-governador para o sector Técnico e Infra-Estrutura, Agostinho da Silva, e o responsável da empresa Tecnovia Angola LDA, Fábio Romanga.

O novo aterro sanitário conta com o financiamento do Fundo de Incentivo ao Investimento de Cabinda e vai custar cerca de 4.812.076.204 de kwanzas.

O secretário provincial do Ambiente, Juliano Capita, informou, ontem, que com a conclusão das obras do Centro de Tratamento do Lixo, a recolha dos resíduos na cidade vai ser feito num novo modelo, a partir das residências.

Para Juliano Capita, o novo modelo vai obrigar os moradores a deixarem de depositar os resíduos sólidos e orgânicos nos contentores.

Quanto aos locais onde não há acesso para viaturas, disse, vão ser criadas brigadas de recolha de lixo, que levarão os resíduos até os postos de transferências, a serem criados nos interiores de alguns bairros da cidade.

"Portanto, estamos a falar de um sistema que inicia nas residências e termina nessa infra-estrutura, cuja obra começa agora”, precisou.

A execução do projecto tem duração de 12 meses e tem como principal fiscalizador a empresa de engenharia, arquitetura e planos, Dar-Al Handasah projectos.

 
Carácter industrial

O projecto, disse Juliano Capita, terá uma evolução de carácter industrial na transformação do lixo para adubo, mediante um sistema denominado processo de compostagem, que permite reaproveitar todos os produtos orgânicos.

A infra-estrutura possuirá ainda uma usina de biogás, que vai reaproveitar algumas matérias primas e as tornar fontes de energia eléctrica.

O estabelecimento estará equipado com uma esteira de triagem que vai permitir a separação de metais, papéis, plásticos e outros objectos.


Lixo continua a ser preocupação

A governadora de Cabinda, Mara Quiosa, salientou que a questão dos resíduos sólidos continua a ser uma preocupação do Governo local, que tem feito um trabalho coordenado com as empresas locais no sentido de sanar sobretudo os grandes focos de lixo nos bairros.

O bairro Comandante Gika, considerado como o maior e mais populoso da província de Cabinda, e a zona do Yema, onde é depositado muito lixo junto à via principal, são, para a governadora, os que mais preocupam. A governante apelou aos proprietários dos estabelecimentos a celebrarem contratos com as empresas de recolha de resíduos sólidos, no sentido de se evitar focos de lixo nas ruas da cidade.

"O lixo acaba por ser um problema de todos, portanto somos chamados a razão para a solução no que se refere a recolha e o tratamento desses resíduos nos bairros”, disse.

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