O novo delegado e comandante municipal da Polícia Nacional na Banga, província do Cuanza-Norte, superintendente-chefe Miguel Alves (Carrungo) apontou como prioridade o policiamento de proximidade e o trabalho com as comunidades para a denúncia dos crimes.
O músico e compositor, Cristóvão Francisco Ricardo, de 30 anos de idade, artisticamente conhecido por Ricardo Omsizo, morreu quinta-feira, na cidade de Menongue, vítima de doença no Hospital-Geral do Cuando Cubango.
Natural do município do Dirico, Ricardo Omsizo começou a sua carreira artística em 2004 na República da Namíbia, onde gravou as suas primeiras músicas, na sua maioria nas línguas nacionais Ruangar, Rudirico, Nganguela e Umbundo, predominantes aqui na província do Cuando Cubango.
A procura de novos desafios, Ricardo Omsizo deslocou-se à Menongue, capital da província do Cuando Cubango, onde terá desenvolvido o seu forte no estilo Afrobeat, House e Zouk que conseguiu granjeou muitos fãs, admiradores e seguidores, tendo participado em vários concursos e espetáculos de realce local e nacional.
Do seu rico repertório musical destacam-se o Kapara Kambambi, Lunguka, Vakundakovava, entre outras, que tocam também noutros pontos do país e no exterior, com realce na Namíbia, Africa do Sul, Zâmbia e Moçambique.
Segundo uma nota do Gabinete Provincial da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos, a morte prematura do Ricardo Omsizo deixa um vazio irreparável na cultura nacional ao calar-se uma das vozes sonantes dos subgrupos étnicos que habitam na província do Cuando Cubango.
O músico foi um patriota, educado, disciplinado e exemplar na defesa da arte no Cuando Cubango, defensor do ritmo tipicamente da região do Okavango, bem como um destacado impulsionador da expansão da arte nas "Terras do progresso”, facto testemunhado nas obras lançadas por este e expandidas por intermédio dos órgãos de comunicação social nacional e impulsor do cântico e linguística da minoria populacional dos Sambios, Vadirico e Vakuangar.
A nota acrescenta que é por este facto Ricardo Omsizo foi um notável músico e proactivo em levar a música aos vários cantos da província e do país, sendo um dos poucos músicos que actuou no município do Dirico dentro desta sua proactividade e gravou um videoclipe com o título Lunguka que tem sido um sucesso nesta região.
Neste momento de dor e luto, o Gabinete Provincial da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos manifesta aos familiares, artistas, fazedores de artes e cultura, os profundos pêsames.
Por sua vez, o músico e compositor Abias Cavuvi disse que recebeu com muita tristeza a informação da morte de Ricardo Omsizo, tendo em vista que era um artista que tinha um grande potencial e muito ainda para dar no musicólogo angolano com as suas belas músicas nas línguas nacionais.
Abias Cavuvi recordou que foi a primeira pessoa que Ricardo Omsizo procurou depois de sair da Namíbia para viver na cidade de Menongue, no sentido de lhe ajudar na sua carreira musical. Acrescentou que depois da chegada a Menongue todas as músicas de Ricardo Omsizo foram gravadas no seu estúdio.
Considerando como um irmão devido a aproximação e tempo de convivência, Abias Cavuvi disse que neste momento está com o coração amargurado por perder alguém muito especial na sua vida.
Ricardo Omsizo participou em 2021 na fase provincial do Top do mais querido da Rádio Nacional de Angola (RNA), com a música intitulada Kapara Kambambi, cantada na língua Rucuangar, classificando-se na quarta posição e no ano passado ficou em terceiro lugar. Ainda em 2021 foi premiado pelo Gabinete Provincial da Cultura como o artista mais destacado na província do Cuando Cubango.
O músico já cantava há 11 anos e gravou 12 músicas, com destaque para o Kapara Kambambi e Lunguka que mais tocam na Rádio Cuando Cubango e em muitas festas na província.
Para além da carreira musical, Ricardo Omsizo era agente regulador de trânsito e exercia as funções de especialista em acidentes. Ricardo Omsizo deixou uma mulher e dois filhos de nove e sete anos.
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