A vandalização de bens públicos tomou contornos alarmantes. Quase todas as semanas, são reportados casos do género.Bens ou infra-estruturas que consumiram avultadas somas em dinheiro para serem construídos, são destruídos, quer para a busca fácil de dinheiro, quer por pura maldade. Os sectores da Energia e Águas, Transportes, Telecomunicações, Saúde e Educação têm sido os principais alvos.
Os sistemas educativos contemporâneos continuam com problemas para garantir que todas as crianças e jovens possam ter acesso a uma educação e formação que lhes permitam integrar-se plenamente nas sociedades.
O relatório do Índice de Pobreza Multidimensional de Angola (IPM-A) publicado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), diz que a taxa e incidência da pobreza é estimada em 54 por cento que significa que, aproximadamente, 54 em cada 100 pessoas no país são multidimensionalmente pobres, o que corresponderia a cerca de 16 milhões de pessoas pobres em todo o país.
É também nosso entendimento que o processo de divisão da riqueza, enquanto mecanismo de combate à pobreza acaba por apresentar grandes limitações, na medida em que, dentro do contexto angolano as famílias têm geralmente uma relação exclusiva de dependência financeira, o que poderá comprometer o impacto do respectivo combate, fazendo com que se torne instantâneo. Para melhorar esta realidade é preciso partir em primeira instância para a sensibilização e reeducação das comunidades, que deve partir, sobretudo, de casa, o que resultará em famílias mais independentes de modo a permitir o crescimento e desenvolvimento financeiro e a criação de novas formas de geração de riqueza.
De igual modo a preocupação sobre a criação de novas formas de riqueza é imprescindível para o surgimento de um círculo virtuoso, resultante fundamentalmente da combinação da eficiência produtiva e a maior robustez das instituições, pois o sucesso do combate à pobreza através da criação da riqueza, irá permitir de forma profunda a maior independência financeira e consequentemente a redução do custo de vida da população, funcionando como uma medida de impacto significativo a nível do combate contra a pobreza.
Neste contexto, e como forma de reiterar o seu compromisso com acções de responsabilidade social, a BODIVA lançou no passado dia 17 de Outubro deste ano, o Projecto Bolsa Social, tendo como premissa fundamental o investimento em projectos económicos cujo retorno é medido pelo impacto na qualidade de vida das comunidades.
Deste modo, os projectos financiados via Bolsa Social visam aumentar a renda das famílias, suprimir as dificuldades das comunidades mais carenciadas através do fomento do empreendedorismo nestas comunidades, bem como, proporcionar consultoria técnica de modo a possibilitar a criação de um ambiente próspero, qualitativo e independente.
Ainda no âmbito da Bolsa Social, como projecto piloto, a BODIVA em parceria com a SEIVA escolheu fomentar o empreendedorismo rural na região do Dombe Grande cujo objectivo é canalizar investimentos para 1.250 famílias nos próximos três anos, para apoiar actividades agrícolas, reduzindo deste modo o custo de financiamento das mesmas, e garantindo uma renda anual de Kz 450 mil kwanzas para cada família o que consequentemente poderá gerar cerca de Kz 5,63 mil milhões de kwanzas nos próximos 10 anos. Acreditamos, igualmente, que o referido projecto posiciona a BODIVA como uma instituição que se preocupa também com a sustentabilidade das famílias angolanas, atenta aos fenómenos sociais e a criação de soluções para a resolução dos principais desafios a nível da busca por um padrão melhor da qualidade de vida da população.
Por este motivo, o enfoque da Bolsa Social é combater à pobreza apenas criando riqueza! Sendo que criando riqueza, o projecto estará a garantir: (i). O empoderamento da mulher rural; (ii). Assistência técnica especializada; (iii). Acesso aos mercados formais; (iv). Insumos de melhor qualidade. Deste modo, só é possível combater a pobreza, criando riqueza e é nesta dimensão que a BODIVA nos próximos anos pretende se posicionar como uma referência a nível da criação de projectos sociais de impacto para as famílias "Não deixando ninguém para trás”.
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