Opinião

As 17 lições da Ética e Deontologia no atendimento ao cliente na organização

Ângelo Kalopa Kalañge*

* Docente universitário, palestrante e escritor

Os desafios que, as Organizações públicas e privadas enfrentam na actualidade, clamam pela necessidade urgente de colocar a Ética e a Deontologia Profissional no centro das atenções e estratégias de actuação, pelo facto de serem instrumentos vitais para a humanização da conduta do homem e/ou profissional, sobretudo no atendimento de qualidade aos clientes.

15/04/2024  Última atualização 06H55

Nesta conformidade, apraz-me apresentar ao caro leitor, as 17 lições da Ética e Deontologia que, bem observadas podem contribuir para o atendimento de qualidade que se deseja ao cliente, seja interno ou externo de uma Organização conforme se segue:

1. Todo e qualquer profissional  necessita de ter a consciência de que, o cliente e/ou cidadão é um ser portador de dignidade que merece honra e consideração.

2. É necessário ter a consciência de que, o cliente tem direitos que precisam de ser respeitados e honrados, no exercício da profissão.

3. É necessário ter a consciência de que, aquilo que somos está acima do que temos e fazemos. Assim, devemos saber respeitar os colegas de trabalho, os superiores hierárquicos, os colaboradores  e os clientes pelo que são e não pelo que têm e fazem.

4. É necessário ter a consciência de que, o desenvolvimento da organização em que pertence, depende da sua resiliência no trabalho e da retenção de clientes. Assim sendo, aprenda a ser um valor agregado na organização e não um passivo.

5. É necessário ter a consciência de que, os clientes desejam trabalho competente e de excelência que, necessita do profissional, a capacitação permanente e o cultivo do espírito de inacabamento.

6. É necessário ter a consciência de que, quando o profissional atende o cliente, é a organização que está na comunicação por intermédio do profissional, o que requer cordialidade e profissionalismo acima de tudo.

7. É necessário ter a consciência de humanismo na interacção com o cliente, para permitir que ele ganhe confiança e motivação nos serviços prestados pela organização.

8. É necessário ter a consciência de que, nem tudo o que tem a ver com a vida interna da organização, deve ser partilhado com o cliente. Por essa razão, aprenda a cultivar o sigilo profissional.

9. É necessário ter a consciência de que, a comunicação clara e assertiva, é um antídoto na frustração e quebra de expectativas do cliente.

10. É necessário ter a consciência da justiça no trabalho com a organização e o cliente.

11. É necessário ter a consciência de que, o gesto e as atitudes do ser humano, educam e ensinam. Assim, seja pedagogo na interacção com os seus superiores hierárquicos, subordinados/colaboradores/colegas no local de trabalho e os clientes.

12. É necessário ter a consciência de que, o ser humano não tem preço no mercado. Por isso, seja adepto do combate a corrupção a todos os níveis e não se venda.

13. É necessário ter a consciência de que, o cliente tem sempre razão. Por isso, aprenda a cultivar a inteligência emocional e seja gentil no trabalho com os colegas e o cliente na organização.

14. É necessário ter a consciência de que, a sua acção é um instrumento susceptível de edificar ou arruinar a organização. Por isso, pratique o bem pura e simplesmente e cultive a responsabilidade social no trabalho com os colegas e o cliente.

15. É necessário ter a consciência de que, a falta de pontualidade, assiduidade e de comunicação, constituem uma realidade que vende para o cliente a imagem de desrespeito, desorganização e falta de consideração. Por isso, aprenda a ser pontual, assíduo e comunicador com clareza e profissionalismo, sempre e quando for necessário, para ganhar o respeito e a confiança dos colegas e do cliente na organização.

16. É necessário ter a consciência de que, a organização em que pertence, tem proprietários, ou entidades máximas, mas a vitória ou o sucesso depende do empenho de todos os profissionais. Por isso, seja leal consigo mesmo e com a organização, tratando os clientes como agentes de ouro pelo facto de neles residir o poder de soberania de uma organização por cujo intermédio se torna possível a sua remuneração e projecção para os desafios da vida sócio-organizacional.

17. É necessário ter a consciência de que, a confiança e a virtude na vida organizacional e social, não se compram, mas sim, aprendem-se, conquistam-se e preservam-se. Por isso, aprenda a ser virtuoso e um profissional de confiança, respeitando-se como pessoa, respeitando os seus colegas, superiores hierárquicos no local de trabalho e não só, como pessoas, bem como o cliente como pessoa que, merece respeito e consideração, no cumprimento das atribuições profissionais.

Portanto, o profissional desprovido de uma consciência ética, moral e deontológica, não está preparado para garantir um atendimento de qualidade ao cliente que se deseja.  É necessário que, as instituições públicas e privadas continuem a formar os seus profissionais em matéria de Ética e Deontologia Profissional, dada a sua importância, para se evitar que o atendimento de qualidade que tanto desejamos para o nosso tempo e contexto, se torne utopia.

 

*Docente Universitário, palestrante e escritor.  

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