Assinalou-se esta semana os cinquenta anos do 25 de Abril e também do início do processo de descolonização das chamadas colónias portuguesas em África. Passados cinquenta anos, dificilmente poderíamos imaginar que chegássemos ao nível de glorificação do Colonialismo e elogio da civilização colonial português a que se assiste no espaço público angolano.
A vandalização de bens públicos tomou contornos alarmantes. Quase todas as semanas, são reportados casos do género.Bens ou infra-estruturas que consumiram avultadas somas em dinheiro para serem construídos, são destruídos, quer para a busca fácil de dinheiro, quer por pura maldade. Os sectores da Energia e Águas, Transportes, Telecomunicações, Saúde e Educação têm sido os principais alvos.
Não haja ilusões. A mente humana é uma máquina complexa mais poderosa do que qualquer outra, mas também a menos explorada em proveito próprio! E, infelizmente, por razões que muitas das vezes se ficam a dever a nós mesmos, vivemos no pior desleixo, brutalidade e descuido, perdendo e nem sabemos como nem quanto…
Na verdade, perdemos, erramos, e ninguém nos aconselha. Usar a cabeça, já era!
Infelizmente, também nos descuidamos, nos mais pequenos detalhes do dia a dia. Mas, com luxos e carros, bens que tanto nos envaidecem, e supostamente nos enobrecem, todo o cuidado é pouco; e as exigências, também.
É esta a ilusão de Poder que tanto nos governa no dia-a-dia!
Sexta-feira, à tarde, ia pela cidade, entre os Quartéis e o velho Aeroporto Internacional, porque o novo ainda não "era”. Quero dizer: "o acesso ao novo Aeroporto de Luanda ainda nos fica muito à esquerda, longe, para viagens às pressas, e ainda não chegou a ‘Era’ dele!”. Ainda não está a bater em termos de acessibilidade e de mil serviços à vontade. Lhe inauguraram às pressas.Agora a pressa acabou. A pressa está em ir no "velho”, até ver!
E, nessa última sexta-feira, à tarde, atrás de mim, vinha um trungungueiro apressado e atrasado; ou três; ou quatro; ou dez! Não sei quantos, porque era um carro de muito luxo, talvez com o suposto Muadiakime lá dentro, os vidros fumados, e vários batedores à frente e atrás, buzinando, freneticamente, e abrindo alas!
"Piúm… piúm…, piúm…,piúm…”, e encostei mesmo de lado, o mais distante possível para lhes deixar passar!
Os últimos eram meia- dúzia e iam armados numa simples "Hilux”. Só como me olharam!!!
"Não ouviste a buzina?”, nem foi preciso eles falarem. Os olhos diziam tudo…
"Mas porquê tanta pressa, no meio de tanto engarrafamento?”, também lhes olhei sem falar!
E pronto. Foi um diálogo entre mudos e surdos!
Ficaram contentes por passar à minha frente, mas não foram longe. Já não havia espaço lá mais adiante. As faixas estavam completamente congestionadas, à moda de Luanda: cinco filas de carros em apenas três faixas de rodagem!
"Agora, aguentem!”, disse calado!
Em vez de usarem o "Piúm… piúm…, piúm…,piúm…”; a força e a arrogância, porque não usar rotas alternativas, a inteligência e o bom senso? Bastava saírem de casa uns minutos mais cedo; ou viajar de helicóptero, como fazia o impetuoso senhor Christian Grey, o personagem de E.L. James. E tudo seria mais fácil.
Mas não! Usam os velhos batedores, colunas que exibem força, mas pobres de alma sem ideias nem inteligência! E até quando? Planificação, nada! Organização, zero!
Alguém nos ouve…?
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