A vandalização de bens públicos tomou contornos alarmantes. Quase todas as semanas, são reportados casos do género.Bens ou infra-estruturas que consumiram avultadas somas em dinheiro para serem construídos, são destruídos, quer para a busca fácil de dinheiro, quer por pura maldade. Os sectores da Energia e Águas, Transportes, Telecomunicações, Saúde e Educação têm sido os principais alvos.
Os sistemas educativos contemporâneos continuam com problemas para garantir que todas as crianças e jovens possam ter acesso a uma educação e formação que lhes permitam integrar-se plenamente nas sociedades.
Às vésperas de um jogo que se afigura histórico, as ruas de Luanda respiram futebol. Em cada esquina, em cada conversa, sente-se a expectativa pelo encontro entre Angola e a Nigéria, no CAN da Côte d'Ivoire-2023. Este não é um jogo comum; é um cenário repleto de possibilidades, um momento que poderá definir o futuro do futebol angolano.
Há quem diga, num tom que mistura esperança e pragmatismo: "Chegámos aqui por sorte, não por mérito”. Angola, até agora, defrontou adversários considerados menos desafiantes. Mas o jogo com a Nigéria é diferente. É o teste definitivo, a oportunidade de provar que a sorte pode, de facto, ser aliada do talento e da determinação. Nas ruas, os adeptos repetem como um mantra: "Não adianta só pôr água no fogo, quando não tens fuba para bater um bom funge”. Esta frase, mais que um ditado, é um símbolo da resiliência e da esperança de um povo que sabe que para alcançar a glória, é preciso mais que desejo – é necessário preparo, habilidade e coragem.
O jogo ainda não começou, mas já se sente a electricidade no ar. Imagina-se o estádio, com as cores de Angola a vibrar nas bancadas, o som dos tambores a ecoar, criando uma atmosfera quase palpável de expectativa e emoção.
Angola entra em campo sabendo que defronta mais que uma equipa; defronta a história, o cepticismo, as estatísticas. Cada jogador carrega em si a responsabilidade e o orgulho de representar uma nação inteira. E quando o jogo começar, quando a bola rolar, tudo é possível.
Neste cenário imaginado, Angola desafia as probabilidades. Com um jogo que mescla técnica apurada e uma paixão ardente, a equipa marca, uma vez, duas vezes. A Nigéria, não menos talentosa, responde com um golo, mas Angola mantém a liderança. O marcador de 2-1, favorável a Angola, parece um sonho prestes a tornar-se realidade amanhã.
O apito final soa mais como um início do que um término. Angola, nesse futuro próximo e possível, não apenas avança para as meias-finais, mas também no coração e nas esperanças do seu povo. Este jogo, ainda por jogar, já é mais que uma partida de futebol. É um capítulo esperançoso na história de uma nação que vê no desporto um reflexo das suas lutas, das suas conquistas, dos seus sonhos.
E enquanto o futuro não se desenrola, Angola espera, respira e sonha com o dia em que a sorte e o mérito se encontrarão, no campo de futebol, e juntos, escreverão uma nova página na história do desporto angolano.
*Professor na Faculdade de Economia
da Universidade Agostinho Neto.
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