Em diferentes ocasiões, vimos como o mercado angolano reage em sentido contrário às hipóteses académicas, avançadas como argumentos para justificar a tomada de certas medidas no âmbito da reestruturação da economia ou do agravamento da carga fiscal.
O conceito de Responsabilidade Social teve grande visibilidade desde os anos 2000, e tornou-se mais frequente depois dos avanços dos conceitos de desenvolvimento sustentável. Portanto, empresas socialmente responsáveis nascem do conceito de sustentabilidade económica e responsabilidade social, e obrigam-se ao cumprimento de normas locais onde estão inseridas, obrigações que impactam nas suas operações, sejam de carácter legal e fiscal, sem descurar as preocupações ambientais, implementação de boas práticas de Compliance e Governação Corporativa.
Os angolanos celebraram no sábado passado a data do início da Luta Armada de Libertação, relembrando os feitos dos nacionalistas que, no dia 4 de Fevereiro de 1961, decidiram organizar-se para darem os primeiros passos na caminhada que resultaria na conquista da Independência Nacional, no dia 11 de Novembro de 1975.
A intervenção pública de grande parte de intervenientes sociais convergiu no apelo à juventude angolana para seguir o exemplo de bravura dos Heróis do 4 de Fevereiro de 1961 e na forma como essa acção deveria ser empreendida.
Alguns actores inclinaram-se no sentido de a juventude continuar a primar pela manutenção da paz duramente conquistada. Outros, pela necessidade de perpetuar a data, através do reconhecimento da sua importância e a sua transmissão às gerações vindouras. E outros ainda pela entrega dos jovens aos estudos para aquisição dos conhecimentos fundamentais para o desenvolvimento do país nas mais variadas vertentes.
Num ponto, porém, todos estão de acordo, que é na consciencialização para o respeito aos bens que a todos pertence. São meios colectivos, adquiridos à custa de muito sacrifício, mas muito mal aproveitados porque um pequeno grupo de indivíduos decide adoptar um comportamento inadequado em relação aos mesmos.
Trata-se da onda de vandalização dos bens públicos no sector de energia e outros, como, por exemplo, os cortes constantes de cabos eléctricos, os roubos e outras práticas reprováveis que somente retardam o desenvolvimento nas comunidades.
São assuntos que têm suscitado acalorados debates dada a sua abrangência e que, por isso, devem merecer uma maior atenção da sociedade. É certo que o Estado o tem na sua ordem de preocupações, mas a sociedade tem papel influente no combate a esses comportamentos nocivos enraizados na sociedade.
Mais do que sanções, são necessárias acções de sensibilização para a mudança de comportamentos e atitudes. Esses apelos feitos por ocasião da celebração do início da luta armada vêm a propósito, pois a paz precisa de ser mantida e as práticas e atitudes das pessoas devem reflectir isso.
A situação reclama o concurso articulado e conjugado de todas as forças. Enfim, todos são chamadas a intervir para o bem estar da nação.Seja o primeiro a comentar esta notícia!
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LoginA ideia segundo a qual Portugal deve assumir as suas responsabilidades sobre os crimes cometidos durante a Era Colonial, tal como oportunamente defendida pelo Presidente da República portuguesa, além do ineditismo e lado relevante da política portuguesa actual, representa um passo importante na direcção certa.
O continente africano é marcado por um passado colonial e lutas pela independência, enfrenta, desde o final do século passado e princípio do século XXI, processos de transições políticas e democráticas, muitas vezes, marcados por instabilidades, golpes de Estado, eleições contestadas, regimes autoritários e corrupção. Este artigo é, em grande parte, extracto de uma subsecção do livro “Os Desafios de África no Século XXI – Um continente que procura se reencontrar, de autoria de Osvaldo Mboco.
A onda de contestação sem precedentes que algumas potências ocidentais enfrentam em África, traduzida em mudanças político-constitucionais, legais, por via de eleições democráticas, como as sucedidas no Senegal, e ilegais, como as ocorridas no Níger e Mali, apenas para mencionar estes países, acompanhadas do despertar da população para colocar fim às relações económicas desiguais, que configuram espécie de neocolonialismo, auguram o fim de um período e o início de outro.
Trata-se de um relevante marco o facto de o Conselho de Ministros ter aprovado, na segunda-feira, a proposta de Lei dos Crimes de Vandalismo de Bens e Serviços Públicos, para o envio à Assembleia Nacional que, como se espera, não se vai de rogada para a sancionar.
Vasco Lourenço, um dos capitães de Abril que derrubaram a ditadura salazarista há 50 anos em Portugal, foi hoje recebido em Lisboa pelo Chefe de Estado angolano, João Lourenço, na qualidade de Presidente da Associação 25 de Abril.
A responsável pela Secção de Crimes contra o género da Polícia Nacional, Intendente Sarita de Almeida, realizou, quinta-feira, em Juba Central Equatorial State, no Sudão do Sul, um Workshop sobre Direitos Humanos e Protecção Infantil.
Mais três países africanos começaram a vacinar contra a malária, milhões de crianças, anunciaram, quinta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), num comunicado.
Os Estados Unidos podem disponibilizar 3,5 milhões de dólares para Angola aprimorar e modernizar infra-estruturas e a gestão de políticas públicas. A informação foi avançada ontem pela directora da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Samantha Power, durante uma visita ao Porto do Lobito, na província de Benguela.