Opinião

A consciencialização necessária

Os angolanos celebraram no sábado passado a data do início da Luta Armada de Libertação, relembrando os feitos dos nacionalistas que, no dia 4 de Fevereiro de 1961, decidiram organizar-se para darem os primeiros passos na caminhada que resultaria na conquista da Independência Nacional, no dia 11 de Novembro de 1975.

06/02/2023  Última atualização 06H55

A intervenção pública de grande parte de intervenientes sociais convergiu no apelo à juventude angolana para seguir o exemplo de bravura dos Heróis do 4 de Fevereiro de 1961 e na forma como essa acção deveria ser empreendida.

Alguns actores inclinaram-se no sentido de a juventude continuar a primar pela manutenção da paz duramente conquistada. Outros, pela necessidade de perpetuar a data, através do reconhecimento da sua importância e a sua transmissão às gerações vindouras. E outros ainda pela entrega dos jovens aos estudos para aquisição dos conhecimentos fundamentais para o desenvolvimento do país nas mais variadas vertentes.

Num ponto, porém, todos estão de acordo, que é na consciencialização para o respeito aos bens que a todos pertence. São meios colectivos, adquiridos à custa de muito sacrifício, mas muito mal aproveitados porque um pequeno grupo de indivíduos decide adoptar um comportamento inadequado em relação aos mesmos.

Trata-se da onda de vandalização dos bens públicos no sector de energia e outros, como, por exemplo, os cortes constantes de cabos eléctricos, os roubos e outras práticas reprováveis que somente retardam o desenvolvimento nas comunidades.

São assuntos que têm suscitado acalorados debates dada a sua abrangência e que, por isso, devem merecer uma maior atenção da sociedade. É certo que o Estado o tem na sua ordem de preocupações, mas a sociedade tem papel influente no combate a esses comportamentos nocivos enraizados na sociedade.

Mais do que sanções, são necessárias acções de sensibilização para a mudança de comportamentos e atitudes. Esses apelos feitos por ocasião da celebração do início da luta armada vêm a propósito, pois a paz precisa de ser mantida e as práticas e atitudes das pessoas devem reflectir isso.

A situação reclama o concurso articulado e conjugado de todas as forças. Enfim, todos são chamadas a intervir para o bem estar da nação.

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