A Organização Mundial da Saúde alertou que as zonas de guerra no Sudão correm risco de sofrer "níveis catastróficos de fome" entre Abril e Julho, período de transição entre colheitas, enquanto milhões de pessoas já lutam para se alimentarem.
"Há o receio de que a próxima época de escassez possa levar a níveis catastróficos de fome nas zonas mais afectadas", disse, citado pela AFP numa videoconferência a partir do Cairo. O período de escassez, ou seja, aquele que antecede as primeiras colheitas e onde se esgota o grão da colheita anterior, que se estende de Abril a Julho, vê os preços dos géneros alimentícios dispararem à medida que os 'stocks' diminuem.
A guerra, que eclodiu em Abril de 2023 entre o chefe do exército sudanês, Abdel Fattah al-Burhan, e Mohamed Hamdan Daglo, seu antigo vice e comandante das forças paramilitares de apoio rápido, provocou milhares de mortos e desencadeou uma catástrofe humanitária. Cerca de 25 milhões de pessoas, ou mais de metade da população, necessitam de assistência, e quase 18 milhões enfrentam insegurança alimentar aguda, segundo dados da ONU. Cinco milhões já estão em situação de emergência devido à fome, disse Graaff.
As crianças subnutridas correm maior risco de morrer de doenças como diarreia, pneumonia e sarampo, especialmente num contexto em que não têm acesso a serviços de saúde vitais.
"O sistema de saúde mal funciona e as doenças infecciosas estão a espalhar-se: foram notificados mais de 10 mil casos de cólera, 5 mil casos de sarampo, cerca de 8 mil casos de dengue e mais de 1,2 milhões de casos clínicos de malária", detalhou Graaff.
Os combates fizeram com que 1,8 milhões de pessoas fugissem do país e 6,1 milhões deslocados internamente. "Testemunhei em primeira mão os deslocamentos no Sudão e no vizinho Chade. E o que vi é alarmante e doloroso", continuou Graaff, descrevendo pessoas forçadas a caminhar durante dias, apenas para encontrar refúgio em áreas superlotadas com pouca comida e água.
"O
povo do Sudão enfrenta uma situação de vida ou morte devido à violência
persistente, à insegurança e ao acesso limitado a serviços de saúde
essenciais", disse Graaff. "E parece haver pouca esperança de uma
solução política à vista", afirmou apelando ao acesso seguro e sem
entraves à prestação de serviços de saúde vitais.
Seja o primeiro a comentar esta notícia!
Faça login para introduzir o seu comentário.
LoginO Alto Conselho para a Comunicação (CSC) do Burkina Faso decidiu "suspender a transmissão dos programas da televisão internacional TV5 Monde, por um período de duas semanas", informou, domingo, em comunicado enviado à agência de notícias France-Presse (AFP).
O Ministério da Saúde (Misau) de Moçambique anunciou, esta segunda-feira, em comunicado, não haver motivos para o reinício da greve de profissionais de saúde, mas garantiu que vai assegurar a continuidade da prestação de serviços.
O governador Provincial de Luanda e coordenador do grupo de trabalho do processo de reforço da toponímia na província, Manuel Homem, apelou, esta segunda-feira, maior celeridade no processo de implementação de novos topónimos nas povoações, bairros, ruas e avenidas da capital.
O Serviço de Investigação Criminal (SIC) de Viana deteve, domingo, quatro cidadãos, com idades compreendidas entre 32 e 54 anos, acusados de roubarem viaturas que faziam serviços de táxi personalizados nomeadamente; Heatch, Yango e Ugo em várias artérias da capital.
Cerca de 35 painéis solares instalados no VOR/DME, no Aeroporto Welwitschia Mirabilis, em Moçâmedes, província do Namibe, foram vandalizados por indivíduos não identificados, comprometendo a navegação aérea.
A Unidade de Investigação Financeira (UIF) e a Organização das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) em Angola realizam de hoje a 3 de Maio, em Luanda, um Curso sobre Fundamento do Financiamento da Contra-Proliferação de Armas de Destruição em Massa.