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Zaire: Jovem marinheiro morre afogado

Fula Martins

Jornalista

Um jovem, aparentemente de 22 anos de idade, tido nos arredores do Soyo, província do Zaire, como bom marinheiro, morreu afogado, na terça-feira última, durante um mergulho no Canal do Rio Zaire, nas proximidades do Porto Fluvial de Kimbumba.

23/05/2024  Última atualização 21H24
© Fotografia por: Cedida
O corpo do malogrado Leandro, como era conhecido, foi resgatado por nadadores salvadores dos Serviços de Protecção Civil e Bombeiros, do comando municipal do Soyo.

O comandante municipal dos Serviços de Protecção Civil e Bombeiros, intendente bombeiro André Neves Soares, que confirmou a triste situação ao Jornal de Angola, disse que os especialistas dos Serviços de Investigação Criminal (SIC), removeram o cadáver para a morgue do hospital municipal do Soyo, para mais investigações.

O intendente bombeiro, André Neves Soares disse que pretendia tomar banho quando um dos colegas advertiu-lhe para não o fazer e caso quisesse, utiliza-se o balde para retirar água do rio e banhar. Mas por insistência e mergulhar-se e afogou-se. 

André Neves Soares informou que tão logo aperceberam-se as equipas de busca e salvamento entraram em acção e ontem foi possível resgate o corpo do malogrado.

"Foram mobilizados oitos efectivos do SPCB, com apoiou da população foi possível resgatar o cadáver”.

O comandante do SPCB, no Soyo, disse que entraram em contacto com o proprietário da embarcação onde o malogrado trabalhava para a localização dos familiares.

"O malogrado é natural de Benguela, tudo estamos a fazer para localizar a família”.

O intendente bombeiro, André Neves Soares, frisou que os especialistas dos Serviços de Protecção Civil e Bombeiros têm feito um trabalho aturado de sensibilização aos frequentadores de praias e rios a não banharem em locais proibidos, mas uns tantos desacatam os conselhos.

"Nos rios não se deve banhar, porque existe navegação de embarcações artesanais com frequência, pois, além do risco de afogamentos, há objectos perfurantes e contundentes escondidos no fundo que compromete a segurança dos banhistas”, alertou o intendente bombeiro.

Domingo passado, a reportagem do Jornal de Angola esteve no Canal Fluvial de Kimbumba e deu com centenas de pessoas a nadarem, inclusive em áreas proibidas.

José Frank disse que tem 19 anos e sabe que a zona em que banhava não é apropriada, mas como estava em convívio com amigos, num número de cinco, nada o amedrontava, porque quase todos sabem nadar.

Palavras, também, ditas por outros jovens, inclusive, de sexo feminino, ouvidos pela reportagem do Jornal de Angola.

Um dos mergulhadores, que se encontrava no local a proteger os banhistas, precisou que estavam a sensibilizar os banhistas para que abandonassem o local, porque o pior podia acontecer. Contra a vontade deles, temos que proibir banhar aqui”, referiu o mergulhador, que pediu anonimato.

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