O novo delegado e comandante municipal da Polícia Nacional na Banga, província do Cuanza-Norte, superintendente-chefe Miguel Alves (Carrungo) apontou como prioridade o policiamento de proximidade e o trabalho com as comunidades para a denúncia dos crimes.
Os 623 acidentes de viação registados na província do Zaire, entre Janeiro e Outubro do ano em curso, causaram 63 mortes e ferimentos a 800 cidadãos.
Os dados foram tornados públicos, em Mbanza Kongo, pelo 2º comandante provincial da Polícia Nacional para a Ordem Pública.
O subcomissário Ambrósio Gomes, que falava, terça-feira, no Conselho Provincial de Viação e Ordenamento do Trânsito, em representação do comandante provincial da Polícia Nacional, comissário Firmino Uyamba, acrescentou que os acidentes causaram, também, danos materiais avaliados em 90.130.028 kwanzas.
Entre os 623 acidentes, dos quais 532 dentro das localidades, destacam-se atropelamentos (168), colisões entre veículos automóveis e motociclos (116), colisões entre motociclos (109), despiste seguido de capotamento (90), queda de passageiros (48), despiste seguido de choque (35), choque contra obstáculo fixo (31), colisão entre veículos automóveis (25) e despiste seguido de atropelamento (um caso).
Quanto à região com mais incidências, Mbanza Kongo lidera a lista com 301 acidentes, seguido pelo município do Soyo (122), Nzeto (81), Tomboco (66), Kuimba (33) e Nóqui (20).
O segundo comandante Ambrósio Gomes deu a conhecer que os acidentes foram causados, essencialmente, por excesso de velocidade, má travessia de peões, negligência dos tutores de menores e a não cedência de passagem.
Entre as causas, constam ainda a ultrapassagem e mudança de direcção irregular, condução sem habilidade legal, uso de bebidas alcoólicas e drogas durante a condução, bem como o mau estado técnico das viaturas.
O subcomissário Ambrósio Gomes fez saber que os motociclos de duas e três rodas e os camiões de rota internacional que circulam no casco urbano são os que mais se envolvem em acidentes.
Por seu turno, o vice-governador para o Sector Político, Social e Económico, Afonso Nzolameso, disse que os índices de acidentes de viação preocupam as autoridades, tendo em conta o número de vítimas.
De acordo com o governante, o mau estado técnico das viaturas e a proliferação de motorizadas cujos proprietários circulam sem ter em consideração os riscos que representam estão entre as principais causas dos acidentes.
"Exorto aos utentes da via pública e aos condutores que exercem a actividade de táxi e não só a respeitarem o Código de Estrada, bem como evitar conduzir sem habilitações ou alcoolizados, no sentido de evitar acidentes, porque a sinistralidade rodoviária é a segunda causa de morte no país, depois da malária. Os acidentes estão a provocar muitas mortes, deficiências, sequelas graves e a destruir bens patrimoniais”, disse.
Afonso Nzolameso aconselhou as famílias e orientou o Departamento Provincial de Trânsito e outras instituições no sentido de reforçarem a sensibilização dos utentes da via pública, visando a redução da sinistralidade rodoviária.
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