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Xadrez: Falta de material desportivo limita desenvolvimento no Namibe

Falta de materiais, equipamentos desportivos e salas constitui a principal dificuldade para desenvolver o xadrez na província do Namibe. A afirmação é de Samuel Ngaimoco, presidente da Associação Provincial de Xadrez do Namibe.

13/03/2023  Última atualização 08H55
© Fotografia por: DR

Em conversa com o Jornal dos Desportos, via WhatsApp, o gestor admitiu a falta de quase tudo para o bom exercício da actividade nas terras da Welwitschia Mirabilis. "A Associação não dispõe de salas próprias, nem condições técnico -desportivas. Não temos mesas e o número de relógios e de tabuleiros é limitado para a prática de xadrez. Essa situação dificulta o programa de massificação", disse.

Para colmatar as dificuldades, o gestor revelou que trabalham com "computadores pessoais”. Ngaimoco asseverou que, por falta de salas equipadas com computadores e internet, os atletas estão impossibilitados de participar nas competições por via online. "As preocupações são do domínio da Federação Angolana de Xadrez e de instituições afins. É um assunto encaminhado para a Administração Municipal de Moçâmedes”, sublinhou.

Para a obtenção de salas de xadrez, Ngaimoco solicitou à Administração local uma residência abandonada desde Setembro passado, "mas, até ao momento, não se fez nada”.

"Disseram-nos apenas que o assunto está em análise na área jurídica. Em geral, nos eventos, onde a Associação participa, recebemos promessas de apoio do Governo Provincial do Namibe, mas estas tardam a chegar”, frisou. Para o responsável associativo, a Federação Angolana de Xadrez (FAX) devia empenhar-se mais para galvanizar e massificar o desporto-ciência no Namibe.  "A relação entre a APXN e a FAX é normal, mas (o órgão reitor) podia apoiar mais para desenvolver o xadrez na nossa província”, manifestou.

Para a mudança do actual quadro, o número um da APXN apelou aos clubes, às instituições públicas e privadas, ao governo local e aos pais dos menores maior envolvimento com vista ao crescimento da modalidade.

A adesão de atletas ao desporto-ciência, na província do Namibe, mereceu a avaliação positiva de Samuel Ngaimoco. O presidente mostrou-se triste pela falta de acolhimento dos clubes e acompanhamento dos pais.

"O número de pequenos xadrezistas cresce dia após dia. Isso é bom para a massificação, porém, noto a falta de disponibilidade de clubes de xadrez para os acolher, bem como o acompanhamento dos encarregados de educação”, esclareceu.

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