A final da primeira edição da Liga Conferência foi disputada, na temporada de 2021-22, na Arena Nacional de Tirana (Albânia). A vitória sorriu à Roma, de José Mourinho, que ergueu o troféu, frente ao Feyenoord, por 1-0, com golo de Nicolò Zaniolo aos 32 minutos.
Este relato começa com uma história ao Jornal The Guardian de um jovem adepto que, em 1976, assistia o seu clube, quando tinha 16 anos, a alcançar a final da Taça das Taças. Porém, mais tarde, acabaria por vê-lo a desperdiçar a chance por, 4-2, contra os belgas, do Anderlecht. 
Pete May, que assina o artigo, esteve com o West Ham nos bons e nos maus momentos, até mesmo nas descidas, em 2002-03 e em 2010-11, ainda assim isso não o demoveu de continuar a apoiá-los. Tal como um cavaleiro que não baixa a guarda, empunha a espada para proteger a sua amada, até aqui defendeu sempre a formação do Leste de Londres. 
Segundo ele, em 2006, na final da Taça de Inglaterra, tudo parecia indicar que seria o fim do sofrimento, mas um erro de Lionel Scaloni (actual seleccionador da Argentina) em cima dos 90' ditou o empate contra o Liverpool, e uma ida aos penáltis, onde teve um novo dissabor. 
Mas as histórias míticas não ficam por aqui. Pete May recorda que foi para à final da Taça de Inglaterra, em 1980, sem bilhete, mas num acto de solidariedade um pai fez o filho passar por baixo dos torniquetes e passou-lhe o bilhete que não tinha sido utilizado pelo petiz, por cinco libras. 
Essa foi a última vez que viu o West Ham levantar um troféu, diante do Arsenal, por 1-0, com um golo de Trevor Brooking, em Wembley. 
E este ano viajou para Praga, juntamente com outros milhares de apoiantes que acompanham os Hammers há 43 anos. 
Quando Alan Sealey fez o bis que levou os britânicos à conquista na Taça das Taças, igualmente, em Wembley, por 2-0, contra o TSV 1860 Munique, Pete May tinha apenas 9 anos. 
Depois de termos "acesso" até ao "mundo" de um adepto como tantos outros do conjunto inglês, era chegado o dia D - não o do desembarque da Normandia, a 6 de Junho -, mas sim o 7 de Junho, o dia em que equipa técnica, treinadores, os jogadores, fãs nas bancadas, em pub's e em bares, no conforto dos seus lares, ou onde quer que fosse, estiveram atentos à partida mais importante do West Ham, após uma espera que parecia interminável. 
O palco estava montado, na Arena Fortuna, em Praga, era preciso dar "cheque-mate" aos italianos, na República Checa. 
As equipas subiram ao relvado e na primeira parte não encontraram o caminho para ambas balizas. Com o nulo registado, os golos chegaram mesmo na segunda metade do encontro. 
O West Ham beneficiou de um penálti aos 62 minutos, por mão na bola de Biraghi, após verificação do sistema do vídeo-arbitro. Chamado a bater, Saïd Benrahama abriu o activo da marca dos 11 metros. . E não foi preciso esperar muito tempo até as redes balançarem novamente. Giacomo Bonaventura deu alento aos Viola com o golo da igualdade aos 67'. 
No entanto, a crença e a fé impulsionaram a "embarcação" inglesa por esse mar de expectativas, anteriormente goradas, "adentro". E ao cair do pano, Lucas Paquetá fez um passe açucarado e Jarrod Bowen soltou-se e usou a perna como um "martelo" para "pregar o caixão" do emblema de Florença e levar os companheiros e o técnico David Moyes à loucura, numa invasão ao campo para festejar o tento vitorioso, em cima dos 90'. 
Na região do Leste de Londres, a festa é garantida e a gratidão eterna aos heróis de Praga. 
Diz a letra do Hino do West Ham: "I'm Forever Blowing Bubbles" - "A sorte sempre se esconde, tenho procurado por toda a parte, sempre faço bolhas, bolhas bonitas no ar". Eis que a sorte foi encontrada. A busca terminou. E as bolhas de sabão, essas serão sempre bonitas mais bonitas quando um troféu europeu é levantado.