O responsável do Afreximbank, que falava ao Jornal de Angola à margem da visita do ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, ao Soyo, na passada terça-feira, garantiu que a fábrica foi projectada para ser um condutor na diversificação de fertilizantes.

"Projectada como foi, a fábrica de fertilizantes do Soyo, sem dúvidas nenhumas, vai ser a maior de África”, realçou o economista nigeriano ao serviço do Afreximbank, acrescentando que as existentes têm uma capacidade abaixo da que está a ser construída na vila petrolífera do Soyo.

Para o presidente do Afreximbank, a pandemia da Covid-19 e a guerra entre a Rússia e a Ucrânia despertaram o continente africano para a produção de cereais, logo o Executivo angolano projectou uma fábrica de fertilizantes na vila do Soyo, a maior de África.

A crise, que abalou o mundo, precisou, provocou o aumento dos preços dos fertilizantes de fosfato, produto muito utilizado pelos agricultores em África.

Os preços dos fertilizantes, acrescentou, como ureia e fosfato, também registaram uma subida, na ordem de 60 por cento, no mercado internacional.

Deste modo, como realçou, os agricultores africanos sem valores financeiros para a aquisição dos fertilizantes diminuíram a produtividade agrícola. Benedict Okey Oramah disse que a Fábrica de Fertilizantes do Soyo é a mais importante de África.

Governo

O governador provincial do Zaire, Adriano Mendes de Carvalho, regozijou-se pelo projecto, que considerou muito importante para Angola e os países da região da SADC.

Avaliada em mais de dois mil milhões de dólares, esta fábrica de fertilizantes, cuja conclusão está prevista para 2027, vai dispor de uma capacidade de produção anual de 1,3 milhões de toneladas de fertilizantes nitrogenados, mais conhecido por ureia.

A ureia, fertilizante sólido com a maior quantidade de nitrogénio, é muito utilizada na adubação de plantas, devido à sua eficácia na produtividade.