A maior parte das feirantes garante que, diariamente, factura mais de 30 mil kwanzas.

A equipa de reportagem do Jornal de Angola constatou a presença de mais de 100 feirantes no local escolhido pela Administração Municipal para acolher a feira, programada para dez dias.

Ana Chilueza, que nunca perde a oportunidade de vender bebidas e petiscos em ocasiões semelhantes, enalteceu o nível de organização desta edição, apesar de considerar elevados os 20 mil kwanzas cobrados para a cedência de um espaço no local.   

A sua vizinha de barraca, Clotilde Terças, disse que facturou, em três dias, mais de 90 mil kwanzas. "Tratar bem os clientes e vender a preços razoáveis está na base do sucesso que tenho tido, apesar dos consumidores serem pessoas próximas”, disse.

Longuessa Txiuca, representante da empresa Isabel Matuca, que viu na organização das festas de Saurimo uma oportunidade para expandir as vendas, removeu parte do mobiliário do restaurante para o local, no sentido de tornar o espaço mais atraente e captar o maior número de clientes. Em três dias, pela venda de vinho de barril, finos e outras variedades de bebidas, além de hambúrgueres e petiscos, disse ter superado as expectativas, ao facturar 337 mil kwanzas.

A limpeza do local e das casas de banho está assegurada por uma equipa da Administração Municipal de Saurimo.

No local foi montada uma esquadra policial, para garantir a ordem e a tranquilidade dos convivas, apesar de alguns, por cepticismo, optarem por pernoitar nas suas barracas, para evitar dissabores, avançou a vendedora Felícia Sacauamba, que expõe uma variedade de legumes, tubérculos, frutas e bebidas.

No acto que marcou a abertura das jornadas alusivas ao 28 de Maio, no último sábado, o administrador municipal de Saurimo, Adérito Cahanga, reiterou o apelo de um consumo moderado, confraternização com prudência e evitar a vandalização de bens públicos, "para no final da festa termos um balanço positivo”.