Os traços histórico-culturais de Angola desde as ancestralidades civilizacionais, às lutas pela conquista da independência, à paz e aos elementos caracterizadores dos novos tempos de desenvolvimento do país vão ganhar, doravante, maior impulso e representatividade no Museu das Civilizações Negras, em Dakar, Senegal.
A cantora Preta Francisco, vencedora da segunda edição do maior Concurso deTrova em Angola, garantiu terça-feira, no Huambo, logo à sua chegada de Benguela, que vai continuar a interpretar os poemas de António Agostinho Neto, nos seus projectos musicais.
A cantora, que falava ontem, ao Jornal de Angola, disse que no princípio estava longe das suas expectativas o seu nome aparecer na lista das maiores trovadoras e com este merecimento, a responsabilidade acaba de ser maior.
"Ao vencer este prémio não significa que os concorrentes das outras províncias estavam mal, antes pelo contrário, houve uma luta renhida, para mim deu tudo certo, porque fiquei atenta aos pequenos detalhes e tive vantagens dos outros”, disse.
Apesar de cantar já há oito anos, nos estilos kizomba e rap, Preta Francisco começou a experimentar a fazer trova, tendo gostado e começando a praticar de forma profissional.
A cantora disse que se apaixonou pela trova e decidiu em 2022 concorrer, pela primeira vez, na fase provincial e saiu em terceiro lugar. Este ano, tentou outra vez com a música "Anestesia”, poema de Agostinho Neto, tendo ocupado o primeiro lugar na mesma fase.
Preta Francisco apelou aos demais colegas que tenham persistência, pois devem ir atrás dos seus sonhos, já que todos não podem ser famosos ao mesmo tempo. "Cada um tem a sua vez”, acrescentou.
Missão cumprida
O delegado da União Nacional dos Artistas e Compositores - Sociedade de Autor (UNAC-SA) no Huambo, Benvindo Serafim "Ti Chiny”, disse que "quando os filhos vão à caça e trazem carne”, devem ser acariciados. "Então ela (trovadora Preta Francisco) merece todo o nosso apoio nessa altura, porque conseguiu colocar o Huambo na galeria dos vencedores de trova em Angola”, acrescentou.
Benvindo Serafim manifestou, ainda, que o sentimento é de missão cumprida e prometeu que a UNAC-SA vai continuar a trabalhar para que mais títulos venham e mostrar que o Huambo tem muitos talentos.
A realização deste evento, segundo fez saber, é de carácter anual e é uma iniciativa da UNAC-SA, que visa exaltar o nome, a obra e a dimensão política e cultural do primeiro Presidente da República de Angola, António Agostinho Neto.
"Esta actividade serve também para incentivar os jovens para conhecerem mais Agostinho Neto e vai despertar a descoberta de novos talentos musicais a nível da província, porque este concurso é feito para as pessoas na fase inicial da carreira”, disse.
Esta actividade, referiu, está igualmente enquadrada no programa do centenário do nascimento de Agostinho Neto e da jornada do mês do Herói Nacional. Por seu turno, o director do Gabinete Provincial da Cultura, Desporto, Hotelaria e Turismo, Jeremias Piedade, mostrou-se feliz uma vez que a cantora do Huambo representou de forma digna a província. "Esta vitória da Preta Francisco significa que os fazedores da opinião cultural estão a investir de forma séria nos seus projectos e o Governo Provincial continua a apoiar à e dar mais espaço aos artistas”, realçou.
Cecília Francisco "Preta” vive na cidade do Huambo, bairro da Pilha Seca, tem 8 anos de carreira, começando a cantar aos 15 anos, no estilo Rap e kizomba. Antes, acrescentou ela, fez parte do Grupo "Beldade do Rap”, na época constituído por 4 meninas, em 2015, e ela era a vocalista principal. Hoje o grupo desfez-se, mas ela continuou e participou em vários concursos, entre os quais "Unitel Estrelas ao Palco”, ganhando o prémio "Huambo Cidade Vida”, na categoria de voz feminina em 2021.
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