Coronavírus

Vacina da AstraZeneca passa a chamar-se Vaxzevria

A vacina contra a Covid-19 produzida pela farmacêutica AstraZeneca passa a chamar-se Vaxzevria. O anúncio foi feito pela agência do medicamento sueca Läkemedelsverket com base em dados fornecidos pela Agência Europeia do Medicamento (EMA).

31/03/2021  Última atualização 10H45
© Fotografia por: DR
A vacina em si permanece inalterada, mas a agência sueca considera que a alteração do nome é importante, e chegará acompanhada de novo logótipo e embalagem.
A alteração de nome foi aprovada pela EMA a 25 de Março, na sequência de um pedido feito pela empresa.
Aprovada no final de Janeiro pela EMA, a vacina produzida pela farmacêutica anglo-sueca tem estado no centro da discussão, pelo facto de vários países europeus terem decidido não a usar em idosos, enquanto esperavam por mais dados.

No início de Março os países europeus  decidiram ainda suspender, preventivamente, o uso da vacina depois de terem sido relatados alguns casos de formação de coágulos em pessoas inoculadas, com algumas mortes a registar. Ontem as regiões alemãs de Berlim e Munique anunciaram a suspensão da vacina para pessoas com menos de 60 anos, depois de se terem registado 31 casos de coágulos, dos quais nove resultaram em mortes.

O Instituto Paul-Ehrlich, centro de referência em vacinação na Alemanha, constatou que em 19 casos foi detectada uma deficiência de plaquetas no sangue, indicando que dos nove mortos apenas dois eram homens, com 36 e 57 anos, e todos os outros casos de trombose venosa sinusal surgiram em mulheres com idades entre os 20 e os 63 anos, de acordo com a peça da Der Spiegel.
Perante estes dados, o estado alemão de Berlim suspendeu de novo o uso da vacina com o produto da AstraZeneca para maiores de 60 anos, e Dilek Kalayci, principal responsável do departamento de Saúde da região, explicou que se tratava de uma medida de precaução, antes de uma reunião de todos os 16 estados da Alemanha onde o tema será discutido.

Relatos de formas pouco comuns de coágulos sanguíneos na cabeça, conhecidos como trombose da veia sinusal, levaram vários países europeus  a suspender, temporariamente, o uso da vacina da AstraZeneca, no início deste mês.
Após uma revisão do fármaco por parte de especialistas da Agência Europeia de Medicamentos, foi concluído que os benefícios da vacina superavam os riscos, embora tenha sido recomendado que médicos e pacientes deviam ser alertados para possíveis efeitos colaterais raros.

De acordo com o instituto de virologia Robert Koch, na Alemanha, um total de 2,7 milhões de pessoas já receberam doses desse fármaco.
Na Alemanha, 3.877.914 pessoas receberam as duas doses de qualquer vacina contra a Covid-19,  4,7% da população, e 9.001.925 (10,8%), pelo menos uma.
Nas últimas 24 horas, 123.170 pessoas na Alemanha receberam a primeira dose da vacina e outras 44.522, a segunda.


CAMPANHA INCLUI DOENTES CRÓNICOS
China inicia vacinação
de maiores de 60 anos

A China começou a vacinar pessoas com mais de 60 anos e doentes crónicos contra a Covid-19, depois de completar a imunização dos trabalhadores da linha da frente do sector hospitalar, anunciou a Comissão Nacional de Saúde.
O organismo, que publicou na segunda-feira as primeiras directrizes oficiais sobre a vacinação, deu luz verde à inoculação de pessoas com mais de 60 anos, considerando que os dados fornecidos pelos estudos clínicos sobre a primeira e segunda fase da administração das quatro vacinas aprovadas no país garantem a segurança deste grupo de pessoas.

Algumas cidades, como Pequim e Xangai, já começaram a vacinar pessoas com mais de 60 anos  e pacientes com doenças crónicas, de forma voluntária.
No final do ano passado, quando anunciaram os planos de vacinação para pessoas com maior risco de infecção, as autoridades chinesas indicaram que o passo seguinte seria vacinar os maiores de 60 anos e os doentes crónicos, antes de chegar à "população em geral".

Por enquanto, a Comissão não recomenda a vacinação de menores de 18 anos, embora Zhang Yuntao, vice-presidente do Grupo Nacional de Biotecnologia da China, uma subsidiária da empresa farmacêutica estatal Sinopharm, tenha dito recentemente que a empresa irá consultar a Administração Nacional de Produtos Médicos sobre a inoculação de pessoas com idades entre os 3 e os 17 anos.

Segundo Zhang, os ensaios clínicos da primeira e segunda fases nessa faixa etária, que começaram em 2020, corresponderam às expectativas, mas as autoridades deverão aguardar pelos resultados da terceira fase.
De acordo com os últimos dados oficiais, a China já administrou 106,6 milhões de doses de vacina contra a covid-19. Desde o início da pandemia, a China registou 90.190 casos de Covid-19, tendo morrido 4.636 doentes.


AUMENTO DE CASOS
Argentina confirma presença de novas variantes e regista 14.014 infecções


A Argentina registou na segunda-feira 14.014 novos casos de Covid-19, o pior registo desde final de Outubro, no mesmo dia em que um relatório confirmou a circulação das variantes detectadas no Brasil e Califórnia.
Desde o início da pandemia, o país contabilizou 2.322.594 casos e 55.611 mortes provocadas pela doença, com 163 óbitos só nas últimas 24 horas, segundo as autoridades sanitárias.
Um relatório epidemiológico divulgado na segunda-feira confirmou a presença no país das variantes do novo coronavírus identificadas no Brasil e na Califórnia, que se juntam à variante detectada no Reino Unido, em Dezembro.

"Tendo em conta o aumento contínuo de casos, é extremamente importante reforçar as medidas sanitárias", aconselha-se no documento, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Antecipando a semana da Páscoa, a Argentina reforçou o controlo sanitário e mantém fechadas as fronteiras terrestres, tendo igualmente suspendido os voos provenientes do Chile, México e Brasil. Os voos do Reino Unido e da Irlanda do Norte já estavam suspensos.

A taxa de ocupação dos cuidados intensivos atingiu os 60,3% na capital, Buenos Aires, rondando os 55% a nível nacional.
Com uma população de 44 milhões, a Argentina iniciou a vacinação em 29 de Dezembro, tendo já administrado a primeira dose a cerca de três milhões de pessoas e completado o processo de inoculação de 600.000.


SEVERAS RESTRIÇÕES
Itália vai impor quarentena de cinco
dias a todos os viajantes

A Itália vai impor uma quarentena de cinco dias e testes aos viajantes dos Estados-membros da União Europeia tal como já acontece com aqueles que são de países terceiros, anunciaram ontem fontes do Ministério italiano da Saúde.
Qualquer viajante da UE terá que fazer um teste antes da partida, respeitar uma quarentena de cinco dias e depois fazer um novo teste no final desse período, medida já em vigor para países fora da UE, explicou a mesma fonte.

A medida "aplica-se a todos os que saem e chegam" ao país, inclusive os próprios italianos, adiantou um responsável do ministério.
A data de entrada em vigor desta nova restrição não foi divulgada, mas o fim de semana da Páscoa, que começa na sexta-feira e termina no final de domingo, é tradicionalmente muito procurado pelos turistas estrangeiros. A maior parte da Itália está actualmente sujeita a severas restrições para conter contágios da terceira vaga da pandemia de Covid-19, que incluem o encerramento de todos os bares e restaurantes e limitação de viagens.

Toda a península tem classificação como "zona vermelha" (alto risco de contágio e restrições máximas) no fim de semana da Páscoa, uma festa muito popular que costuma ser ocasião para reuniões familiares.
Na segunda-feira, o país contabilizou 417 mortes em 24 horas e um aumento da pressão hospitalar, enquanto 12.916 novas infecções foram registadas.

O número de óbitos em Itália desde o início da emergência sanitária, em Fevereiro do ano passado, subiu para 108.350, num total de 3.544.957 infecções.
Dos 565.993 actualmente contagiados, 32.884 estão hospitalizados, mais 504 do que na véspera, e 3.721 estão internados em Unidades de Cuidados Intensivos, mais 42 do que no domingo.
Ao mesmo tempo, a campanha de vacinação avança com 9.499.293 doses administradas, e 2.996.933 pessoas já imunizadas com as duas doses necessárias do fármaco.

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