Discurso na íntegra do Chefe de Estado, João Lourenço, proferido esta quinta-feira, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, em Portugal, nas celebrações dos 50 anos do 25 de Abril.
O Presidente João Lourenço convidou, esta quinta-feira, em Lisboa, os Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para honrarem Angola com a sua presença nas comemorações do 50.° aniversário da Independência Nacional, a assinalar-se em Novembro do próximo ano.
As investigações sobre o fenómeno da seca no Sul do país, a serem realizadas pela academia norte-americana de Massachusetts Institute of Technology (MIT), no âmbito do projecto “Sistema de Apoio às Políticas de Combate à Seca”, baseado em tecnologia espacial, devem ser partilhadas com as universidades e técnicos angolanos, defendeu, em Luanda, Fabião Tulukeni, vice-decano da Faculdade de Engenharia da Universidade Agostinho Neto (UAN).
"Quem sairá a ganhar, acima de tudo, é o país em si, que terá quadros melhor formados sobre matérias relativas à tecnologia espacial”, afirmou, Fabião Tulukeni, para em seguida acrescentar que a engenharia espacial é uma matéria de "muito interesse” da academia angolana.
Fabião Tulukeni considerou, por isso, fundamental que se proporcione aos técnicos angolanos, discentes e docentes das universidades do país, um encontro com a investigadora e professora Danielle Wood, da Massachusetts Institute of Technology (MIT) dos Estados Unidos da América (EUA), de modo a que se possa absorver mais conhecimentos sobre a tecnologia.
Destacou, por outro lado, o facto de o projecto ser de "altíssimo padrão”, por incorporar um sistema de fornecimento sistemático de dados sobre o estado dos recursos hídricos, localização dos assentamentos populacionais mais vulneráveis aos efeitos da seca e a localização dos locais ideais para a aplicação de projectos estruturantes.
De acordo, ainda, com o também docente da Universidade Agostinho Neto, é necessário e imperioso o estabelecimento de uma cooperação entre a universidade americana e as nacionais, "para que os nossos quadros percebam muito bem o processo e as vantagens” com a utilização da tecnologia espacial no combate à seca no Sul do país.
A recolha de dados da superfície terrestre, por intermédio da tecnologia espacial, disse o vice-decano, precisa de ser interpretada por diferentes especialistas, tendo citado, como exemplos, geólogos, hidrogeólogos, ambientalistas e serviços ligados à segurança do nosso país.
Em face disso, defendeu a colaboração de técnicos das universidades americanas e angolanas, no processo de recolha de dados e nos estudos aprofundados, tendo em vista o propósito de acabar com a seca.
"Uma eventual cooperação daria a possibilidade de evolução das nossas instituições atingirem também os patamares necessários e a universidade americana precisa de alguns dados que só pode encontrar nas universidades angolanas”, rematou.
Recorde-se que o projecto "Sistema de Apoio às Políticas de Combate à Seca no Sul de Angola”, lançado em Luanda, pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS), conta com a parceria do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN) e do Massachusetts Institute of Technology (MIT) dos EUA, e é financiado com 550 mil dólares pela Agência Espacial Norte-americana (NASA).
O prazo de execução é de três anos, devendo todo o trabalho ser coordenado por Danielle Wood, investigadora norte-americana e directora do Space Enabled Research Group, MIT Media Lab.
A norte-americana lidera o grupo de pesquisa que utiliza satélites para resolver problemas complexos na terra, projectando sistemas inovadores que aproveitam a tecnologia espacial.
Pascoal Alé Fernandes, secretário de Estado para as Telecomunicações, Tecnologias de Informação, disse, por ocasião do lançamento do projecto, que o mesmo vai servir de plataforma de recolha, organização e partilha de informação, votada à mitigação dos efeitos, derivados da ocorrência de situações de seca, que tem afectado, há várias décadas, milhares de cidadãos.
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