Pelo menos 95 mil milhões de dólares é o valor a ser empregue nos próximos três anos, num conjunto de actvidades prioritários dentro do Programa Comum Africano de Agro-Parques (CAAPs), de forma a fortalecer o ambiente de negócios propício, revelou, domingo, em Kigali, Ruanda, a comissária da União Africana, Josefa Correia Sacko.
O ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima de Massano, avançou, esta segunda-feira, em Luanda, que no sector das bebidas não alcoólicas “não temos ninguém a transformar a fruta em bebida”, num país com grandes potencialidades.
A União Europeia vai promover, no mês de Novembro deste ano, em Luanda, um encontro de negócios entre empresários daquele espaço do velho continente e os parceiros angolanos a que se designa “Business Angola”.
Segundo deu nota, ontem, em Luanda, o embaixador do Reino de Espanha em Angola, Manuel Lejarreta, outras duas importantes actividades acontecem, ainda na vigência da presidência espanhola do Conselho da União Européia. Trata-se de um encontro de Alto Nível com a União Africana e outro com a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), que Angola preside, em Novembro e Dezembro, respectivamente.
Manuel Lejarreta orientou, ontem, no auditório do Instituto Camões, em Luanda, uma conferência sobre o tema "A UE: Reforço da Integração Europeia e o seu Papel num Cenário Internacional em Transição”, no quadro da presidência rotativa do Conselho da União Europeia pelo Reino de Espanha, iniciada em Junho e que vai até Dezembro.
Segundo o embaixador do Reino de Espanha em Angola, a União Europeia dá enorme importância a África e a Angola, em particular, razão pela qual, durante a sua presidência de seis meses, vai procurar dinamizar as relações entre as partes.
Manuel Lejarreta anunciou, para este semestre, a assinatura de um acordo entre a UE e Angola de para dinamizar as relações comerciais.
O discurso de abertura da conferência foi proferido pelo chefe da secção Política, Imprensa e Informação da Delegação da União Europeia em Angola, Paulo Barroso Simões, em substituição da representante da União Europeia em Angola, ausente por razões justificadas. Paulo Barroso Simões afirmou que "o projecto europeu é, hoje, mais relevante do que nunca. Para os cidadãos europeus, mas também para o mundo, os parceiros, como Angola, que partilham os mesmos valores que estão no centro da União e querem trabalhar em conjunto para fortalecer o multilateralismo, a democracia, os direitos humanos, o comércio livre e o desenvolvimento sustentável”.
Reiterou que a principal missão da Delegação da União Europeia é continuar a reforçar as relações com Angola, um parceiro importante em África.
Participantes sugerem maior abertura da União Europeia aos desafios dos países
africanos
Os participantes da conferência promovida pela Embaixada do Reino de Espanha em Angola interagiram, na sessão de perguntas e respostas, com os dois prelectores convidados à volta das relações entre a União Europeia e África, no geral, mas de modo particular com Angola.
O político Adalberto da Costa Júnior, presidente do maior partido da oposição - Unita, questionou sobre qual a estratégia da União Europeia ante a disputa entre a China e os Estados Unidos da América. Adalberto Costa Júnior questionou ainda se, diante deste cenário, a União Europeia vai estar como assistente ou protagonista. "Hoje, vemos os países eupeus, antigas potências, a serem substituídos pela disputa China-Estados Unidos...”
Por sua vez, o presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Angola, Vicente Soares, abordou sobre como as actuais dinâmicas de confrontação e disputas de poder poderão afectar a integração e a cooperação com África e Angola em particular. Conforme disse, o quadro geopolítico apresentado leva a reflectir sobre o que será do mundo nos próximos tempos.
O quadro do Centro de Investigação Social e Económica da Faculdade de Economia da Univerdade Agostinho Neto (CISE-FEUAN), Hermenegildo Quixixina, questionou sobre como a União Europeia vai ajudar Angola nos seus desafios, sobretudo de geração de emprego, desenvolvimento tecnológico e retenção de talentos. Para ele, estes são pontos fundamentais e sobre os quais se deve dar atenção.
Relações mais justas e com vantagens comuns
O académico espanhol J.Ignacio Torreblanca afirmou, ontem, em Luanda, durante a conferência "A UE: Reforço da Integração Europeia e o seu Papel num Cenário Internacional em Transição”, no quadro da presidência rotativa do Conselho da União Européia pelo Reino de Espanha, que três são os grandes desafios a considerar para relações mais justas e com vantagens recíprocas.
Ignacio Torreblanca falou em desafios na cooperação internacional, tendo apontado "Política”; "Economia” e "Regressão Democrática” observadas, actualmente no mundo inteiro, como mau sinal, mas também em como é preciso os Estados olharem para pontos comuns e reforçarem a cooperação.
Para o também director do Conselho Europeu para as Relações Internacionais e professor de Ciência Política e Administração da UNED de Espanha, há uma forte margem para crescimento nas relações entre Angola, em particular, e África em geral, com a União Europeia. E, o cenário de guerra, provocado pela invasão da Rússia à Ucrânia não altera, antes pelo contrário, traz ao centro das abordagens novos actores e África é, certamente, um destes, como tem sido evidenciado nos vários encontros realizados.
Embora reconheça um crescimento nas relações entre as partes (África e a União Europeia), o docente universitário e coordenador do Centro de Investigação Social e Económica da Faculdade de Economia da Universidade Agostinho Neto, Fernandes Wanda, é de opinião que se precisa ajustar os interesses das partes. Para ele, o facto de África ser um continente de 1,3 mil milhões de pessoas e a União Europeia representar pouco mais de 400 milhões de habitantes, por si só, coloca desafios aos modelos de desenvolvimento a serem adoptados.
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LoginO Fundo Monetário Internacional (FMI) recomendou aos países africanos que implementem uma estratégia abrangente, incluindo austeridade orçamental e reestruturações da dívida, para evitar preocupações sobre uma crise da dívida soberana na África subsaariana.
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