Cultura

União dos Escritores Angolanos acolhe exéquias de Henrique Guerra

As exéquias de Henrique Guerra, falecido a 9 deste mês, por doença prolongada, em Lisboa, Portugal, realizam-se amanhã, a partir das 15h00, na União dos Escritores Angolanos (UEA), em Luanda.

25/05/2023  Última atualização 08H22
Exéquias do escritor e artista plástico angolano felecido em Portugal realizam-se amanhã © Fotografia por: DR

Do programa das exéquias constam mensagens do Ministério da Cultura e Turismo, da União dos Escritores Angolanos (UEA), da Academia Angolana de Letras (AAL), da União Nacional dos Artistas Plásticos (UNAP), do Gabinete de Aproveitamento do Médio Kwanza (GAMEK), do Comité Angolano de Barragens (CAB), depoimentos de familiares e amigos e uma missa a ser celebrada por D. Filomeno Vieira Dias.

Em nota chegada à redacção do Jornal de Angola, na altura do passamento físico de Henrique Guerra, a União dos Escritores Angolanos lamentou a morte do seu membro fundador.

"Nesta hora de dor e consternação, a União dos Escritores Angolanos (UEA) inclina-se perante a sua memória e transmite à família enlutada, amigos e colegas os mais profundos sentimentos de pesar”, refere a nota de condolências da UEA assinada pelo seu secretário-geral, David Capelenguela.

Na ocasião, o ministro da Cultura e Turismo, Filipe Zau, em nota de condolências, endereçou à família enlutada sentimentos de pesar pelo falecimento do escritor Henriques Lopes Guerra.

"À família enlutada do nacionalista, académico e escritor Henriques Guerra, o ministro da Cultura e Turismo, Filipe Zau, endereça os sentimentos de pesar, em seu nome pessoal e dos responsáveis e funcionários do departamento ministerial que dirige”.

Henrique Lopes Guerra nasceu em Luanda, em 1937. Como escritor, usou o pseudónimo Andiki e pertenceu à "Geração Cultura”, tendo também participado no boletim Mensagem da Casa dos Estudantes do Império. Entre 1964 e 1973, esteve preso em Portugal, nas cadeias de Caxias e Aljube e no Forte de Peniche, pela militância política no MPLA. Na UEA foi secretário das actividades culturais. Foi membro fundador da União Nacional dos Artistas Plásticos (UNAP) e seu presidente de direcção nas suas duas primeiras comissões directivas.

Em 2014, o escritor foi alvo de homenagens pelo valor da sua obra, pelo Ministério da Cultura e União dos Escritores Angolanos.

Entre outras, publicou "A Cubata Solitária” (contos), 1962; "Quando Me Acontece Poesia” (Poemas), 1976; "Alguns Poemas”, 1978; "Angola - Estrutura Económica e Classes Sociais” (Ensaio), que vai já na quarta edição; "O Círculo de Giz de Bombó” (Teatro) 1979; "Três Histórias Populares” (contos), 1989; e "O Tocador de Quissanje”, contos, 2014.

Formado em Engenharia Civil, foi professor na Faculdade de Engenharia da Universidade Agostinho Neto. Trabalhou na SONEFE e no Gabinete de Aproveitamento do Médio Kwanza (Gamek), nas fases de estudo, construção e entrada em funcionamento da barragem de Capanda.

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