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UNECA apresenta prioridades para acelerar desenvolvimento em África

A Comissão Económica das Nações Unidas para a África (UNECA) considera que implementar o acordo de livre comércio, transformar a agricultura, fortalecer a indústria mineral, aproveitar o capital natural e potenciar a transição energética são essenciais para acelerar o desenvolvimento de África.

24/07/2023  Última atualização 09H00
© Fotografia por: DR

"Não é segredo que estamos fora da trajectória que garante o cumprimento das promessas da Agenda 2030, especialmente no continente africano, mas, ainda assim, salvar os Objectivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) em África é possível”, disse o secretário executivo interino da UNECA, António Pedro, numa intervenção na Cimeira das Nações Unidas sobre a 'Transformação para Acelerar a Implementação dos ODS".

"Precisamos de tomar acções decisivas para capitalizar as oportunidades que temos diante de nós e atingir os nossos objectivos comuns", defendeu o responsável, apresentando cinco áreas em que o continente tem de potenciar as suas vantagens.

"Primeiro, temos de acelerar a implementação da Zona de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA), que será um catalisador para aumentar as capacidades produtivas e atingir a industrialização sustentável e a diversificação económica", afastando África da dependência das matérias-primas, apontou o responsável.

Depois, continuou, é preciso acelerar a transformação dos sistemas alimentares e agrícolas, além de fortalecer a segurança mineral em África, protegendo as populações dos perigos da exploração mineira e aproveitando as zonas que têm sido implementadas para tirar proveito da transição energética, que diminuirá a utilização dos combustíveis poluentes em prol das energias verdes.

África tem, também, de aproveitar o capital natural, que pode ser "um motor para o crescimento e o desenvolvimento sustentável, através da criação de um mercado robusto de créditos de carbono, que pode potencialmente gerar 82 mil milhões de dólares (73,6 mil milhões de euros) por ano, se uma tonelada de dióxido de carbono for vendida a 120 dólares", o equivalente a quase 108 euros.

A última área em que África deve apostar para tentar recuperar o tempo perdido no caminho para atingir os ODS é o clima: "Em quinto lugar, há que impulsionar a acção climática e as transições energéticas sustentáveis através da aposta na abundante energia solar, hidrogénio, geotérmica, hidroeléctrica e eólica da África para promover a economia verde e azul".

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