Cultura

UNAC-SA cria colectânea para valorização artística dos músicos angolanos

Analtino Santos

Jornalista

Guilhermino e Rui Morais estão entre os trinta artistas presentes no projecto "Valorização de artistas da música angolana" apresentado, sábado, no estúdio Plenarium, numa edição especial do "Poeira no Quintal" programa da Rádio Cultura Angola-RCA

22/05/2023  Última atualização 09H45
© Fotografia por: DR

Conduzido por Hilário João,  no programa alguns artistas apresentaram os temas que gravaram para o projecto, incluindo sucessos antigos. Guilhermino, autor de várias composições interpretadas por Bangão, é um dos escolhidos e está satisfeito com a iniciativa.

Rui Morais, um dos primeiros artistas a gravar pela Companhia de Discos de Angola (CDA) é outra voz presente, autor dos sucessos "Messene Mufumo" e "Mona uaxala se tata", provou que a ausência em palco não está reflectida no lado criativo ao apresentar temas novos.

De acordo com Eliseu Major, secretário-geral da União Nacional dos Artistas e Compositores -Sociedade de Autores (UNAC-SA), nesta primeira edição estão essencialmente artistas residentes em Luanda e membros com as quotas pagas. A título excepcional do Bengo estão Man Jojas e António da Luz, que na ocasião também partilharam temas acompanhados pela Banda Tropicalíssima, responsável pelo acompanhamento musical.

Elisa Coelho, Tunicha Mi-randa, Fató, Jaburú, Cajó Pimenta, Ney Boy, Juca Morgado, Play, Elisa Barros, Orlandito, Toya Mendes e Tam Somay são outros que pertencem ao leque dos 30 artistas com temas gravados, assim como Clara Monteiro que fechou o programa em apoteose com "Zito Monami".

O pianista e um dos produtores musicais do projecto Nelo Maradona está satisfeito com o projecto e surpreendido com a qualidade dos artistas, grande parte mais velhos e fora dos palcos. Afirmou que tem gravado a totalidade dos temas e que está na fase de pós-produção.

João Alexandre foi convidado para fazer as misturas das músicas e prometeu dar o melhor para o produto final.

O compositor Soky Dya Nzenze pretende que mais iniciativas como esta surjam de modo que aquelas vozes reconhecidas e consagradas que não tenham oportunidade de gravar ou de actuar com regularidade consigam facilmente.

Coordenado pela UNAC-SA, o projecto tem como produtores artísticos Kintino, Alex Samba, Augusto Mateus e David Estêvão.

O estúdio Plenarium, local da realização do programa, é o local onde desde Março deste ano os músicos têm gravado. Diferente de projectos anteriores, as músicas deste projecto são inéditas, desafio aceite pelos artistas que marcaram as décadas de 1960, 1970, 1980 e 1990.

Localizado no bairro Popular, o estúdio no passado albergou o Centro Cultural Saydy Mingas onde muitos dos artistas inseridos no projecto "Valorização de artistas e da música angolana" animaram vários espectáculos.

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