Há um populismo que se espalha perigosamente e que procura a todo o custo sonegar a História, apoiando-se na ideia perigosa de que evocar as tristes memórias do passado é intolerância política.
No passado dia 18/07/2022 em conselho de ministros foi aprovado o regime jurídico do Sistema Nacional de Qualificações e o estatuto orgânico da entidade gestora do Sistema “Instituto Nacional de Qualificações de Angola”.
Uma semana depois da abertura oficial da campanha eleitoral para as Eleições Gerais de 24 de Agosto de 2022, à sociedade foi dada a assistir o movimento e desdobramento de acções de mobilização e de caça ao voto, grande parte delas capitaneadas pelas figuras de proa nas listas que concorrem.
Atendendo à especificidade e aos desafios que o contexto da campanha eleitoral envolvem, não seria realístico esperar por perfeição das intervenções, dos procedimentos adoptados nos actos de massas e muito menos dos discursos. Precisamos de compreender, primeiro, que não existem processos democráticos acabados em nenhuma parte do mundo e, em segundo lugar, que nos encontramos numa fase permanente de aperfeiçoamento.
Estamos a caminhar e, independentemente de algumas falhas resultantes do actual contexto de luta pela conquista do voto, vamos também ser capazes de melhorar e ser exemplares. Na verdade, comparativamente a outras realidades em que os actos eleitorais se transformam em batalhas campais, com saldo de mortes, ferimentos e destruições, em Angola temos sabido, modéstia à parte, viver os actos eleitorais com tranquilidade, paz e segurança. E os candidatos sabem que enquanto fazedores da política e pretendentes a Governo têm responsabilidades acrescidas nesta fase particular e na etapa subsequente, no poder ou na oposição.
O importante, para as candidaturas e para a sociedade, é que nesta segunda semana se consiga fazer melhor no aproveitamento dos espaços de antena na televisão e rádio, bem como aos pronunciamentos nos actos de massas, dizem respeito. E o melhor aproveitamento, como de resto parece ser a expectativa generalizada, passaria obviamente pela apresentação das ideias, das linhas gerais dos programas e do que idealizam para Angola em detrimento dos ataques, insultos, directos e indirectos, além de referências inadequadas aos adversários.
Queremos acreditar que as candidaturas terão aprendido alguma coisa com as suas respectivas experiências e com o que os adversários terão apresentado para que, em termos comportamentais, sejam limadas as arestas e evitadas situações que podem configurar desrespeito, intolerância e dificuldade de conviver na diferença.
Os tempos de antena nos órgãos de comunicação, as oportunidades de pronunciamentos nos actos de massas, bem como a interacção directa com o eleitorado na via pública ou de casa em casa, nos mercados, largos e ruas, são tão preciosos, verdadeiros recursos esgotáveis, que nunca deveriam ser usados para atacar pessoas ou instituições adversárias.
Obviamente, que não se vai condenar situações menos boas, com as quais devemos sempre optar por retirar as melhores lições, mais do que apontar o dedo a este ou àquele ente, concorrente nas próximas eleições.
Por outro lado, vale saudar as iniciativas que a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) relacionadas com a criação de espaços para que as pessoas saibam onde votar, bem como agentes que circulam pelos bairros com dispositivos para levar as pessoas a conhecerem em tempo real o local em que deverão exercer o direito de voto.
Seja o primeiro a comentar esta notícia!
Faça login para introduzir o seu comentário.
LoginAngola é uma República baseada na dignidade da pessoa humana , igualmente, um Estado de Direito Democrático, de acordo com a nossa Constituição, pressupostos que nos deve remeter, entre outros fins, à necessidade de consciencialização sobre os direitos e deveres.
Ao vermos as bandeiras colocadas nas ruas, nos postes de iluminação, nas viaturas, fixadas nos kupapatas, “caímos na real” de que o ambiente é de festa. Que o conceito de democracia mostra evidencia. Ontem, Sábado, vimo-nos envolto num cenário engalanado com as cores das formações políticas. Ou seja, cada um a “puxar a brasa para a sua sardinha”, como diz o dito popular.
O período de campanha eleitoral tem sido vivido pelos angolanos de forma muito intensa e os últimos dias terão sido dos mais férteis em informações, com o condão de deixar os eleitores preocupados uma vez que os pronunciamentos desavindos partilhados pelo cabeça-de-lista da UNITA e pelo Secretário para Assuntos Eleitorais do MPLA terão, por um lado, despertado no seu seio receios fundados de um contencioso eleitoral iminente e, do outro lado, chamado a atenção para a necessidade de as forças de segurança estarem em prontidão com vista a promove a segurança e a ordem públicas nas principais praças eleitorais do país.
A cotação do barril de petróleo Brent, que serve de referência as exportações angolanas, para entrega em Outubro terminou, esta segunda-feira, no mercado de futuros de Londres em alta de 1,77%, para os 96,60 dólares.
O Presidente da República, João Lourenço, recebeu, esta segunda-feira, atletas de várias modalidades de luta, no Palácio Presidencial, tendo manifestado satisfação com a conquista de 67 medalhas nos campeonatos africanos de Jiu-jitsu, Judo e Lutas.
A cidade do Huambo completou 110 anos desde a sua fundação e elevação a esta categoria, no dia 8 de Agosto de 1912 através da portaria 10.40, assinada pelo então general e político português José Maria Mendes Ribeiro Norton de Matos.
A exposição fotográfica intitulada “António Agostinho Neto, uma vida de entrega” está patente desde sábado até a primeira semana do mês de Setembro, nas salas 1 e 2 do Museu Nacional Estância Jesuítica de Alta Gracia, província de Córdoba, na Argentina.