Cultura

Trio feminino canta sábado no arranque do “Trajectória”

Analtino Santos

Jornalista

As artistas Dina Santos, Clara Monteiro e Isidora Campos são as escolhidas para a primeira edição do projecto "Trajetória", que se realiza, sábado, a partir das 19h30, no Palácio de Ferro, em Luanda, uma produção da Onart.

15/03/2023  Última atualização 08H40
© Fotografia por: DR

As cantoras estão a preparar o concerto na sala de ensaio Brasom, sob o acompanhamento da Banda Prontidão.

"Trajectória” é um projecto visa a valorização do artista enquanto entidade promotora da divulgação da nossa identidade cultural e agente activo da divulgação da memória coletiva.

Esta é a primeira edição do projecto, que terá uma periodicidade mensal, com três senhoras das artes com anos de carreira e gerações diferentes. A produção enquadrou o concerto nas celebrações do Março Mulher e já tem confirmado como segunda proposta, Kool Klever.

Dina Santos é a artista com a carreira mais longa em actividade do trio escolhido e no mercado musical angolano. É dona de sucessos como "Anel”, "Divua Yami”, "Mana Fatita” e "Semba Kassequel”. Com apenas 16 anos, foi acompanhada pela orquestra de Casal Ribeiro e contagiou ao participar no concurso de escolha de novos talentos "Chá das Seis e Meia". Depois da Independência com o Semba Tropical participou em digressões internacionais com realce para as obras discográficas "Canto Livre de Angola” e "Semba Tropical in London”.

Clara Monteiro vem depois da "Tia Dina", como é carinhosamente tratada Dina Santos, deixando marcas nos anos 1980 do século passado, sendo na actualidade uma das principais referências femininas. Hoje está mais empenhada nas artes plásticas, como no passado antes de surgir na Orquestra Inter Palanca de Matadi.

Clara Monteiro conquistou o país como integrante do Instrumental 1ª de Maio e com os temas "Zito Monami” e "Benguela Cidade Bonita”, depois esteve no Semba África onde a música "Angola Tropical” foi um dos principais sucessos. Na discografia encontramos "Aló Benguela”, "Walilopo Angola” e "Loanda”.

Isidora Campos é a mais nova do grupo, com um percurso artístico ligado a música infantil produzida no passado. Lançou-se na TPA com "Serei Doutora” composição de Chico Madne, em 1989, depois seguiram-se "Criança a sofrer”, "Angola minha terra” e "Uma, duas, três”. Já na fase adulta integra o grupo Sezu Love e depois a solo alcança a aprovação de um novo público com o tema "Amor Proibido”, baptizado pelo público como "Sambapito”. Tem no mercado os álbuns "Mais amor Chissoca”, "Tabú” e "Reflexos”. Actualmente tem feito aparições esporádicas e integra o corpo directivo da União Nacional dos Artistas e Compositores - Sociedade de Autores (UNAC-SA).

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