Angola exportou, durante 1.° trimestre deste ano, cerca de 94,41 milhões de barris de petróleo bruto, avaliados em aproximadamente 7,77 mil milhões de dólares americanos, com o preço médio de 83,161 dólares por barril.
O Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA) realizou, hoje, na província do Huambo, a cerimónia de entrega de 12 motocultivadoras e cinco tractores à cooperativas e associações de agricultores locais.
Sabendo-se de princípio que a finalidade determinante do projecto para autoconstrução dirigida modelo consiste em mitigar o “défice habitacional do País”, bem como criar “condições que de orientação para a construção de um modelo habitacional de carácter social de implementação e aplicação fácil, célere, com custos reduzidos”, economistas, ouvidos pelo Jornal de Angola, defendem que se deve resguardar de políticas compatíveis com as necessidades da economia do país.
1- O
que acha do projecto de auto-construção dirigida ?
2- O sector privado é capaz?
3- Acredita que a banca comercial tem robustez?
Osvaldo Cruz
1 - Neste momento é fundamental existir a racionalização e organização. O
passado mostrou-nos que se o Estado desenvolver da melhor forma o seu papel de
intermediação, o cidadão com algum aumento do seu poder de compra conseguirá
estar alinahdo aos objectivos definidos neste projecto.
2 - Nesta altura tenho dúvidas. Alguns bancos em Angola estiveram e outros
estão em situação de crédito mal parado. E hoje estão numa situação de dúvidas
para conceder crédito ao sector privado. As administrações municipais devem
atribuir direitos de superfície as famílias.
3 - Com melhorias do ambiente de negócios o sector privado será sempre capaz. O
sector privado é capaz de aproveitar e explorar todos os mercados, desde que
permitam os empresários a aproveitar e explorar as melhores oportunidades do
mercado.
Lopes Paulo
1 -
A estrutura das nossas cidades, municípios, e bairros, é fundamentalmente
caracterizada por habitações de auto-construção. A diferença agora é que o
Estado assume este papel na perspectiva organizacional deste ponto de vista,
devemos felicitar a iniciativa, que peca apenas por ser tardia.
2 - O importante é que se faça sentir, quer em Luanda, quer no país todo porque não podemos continuar a crescer de forma desordenada, em termos de construção. O problema reside na descripância entre a necessidade das famílias e a disponibilidade dos bancos.
3 - O
sector privado é capaz, para os bancos comerciais, não se trata de uma questão
de robustez, é sobretudo uma questão de mecanismos aprovados pelo Banco
Nacional de Angola que visa aprovar o crédito à habitação, mas as estatísticas
têm mostrado um andamento muito lento.
Luís Chiminha
1 - Esta medida de política pública é um projecto digno de elogio, caso tudo correr bem, como se espera,, pois irá permitir acabar, em todo o território nacional, com os bairros desorganizados com falta de urbanidade.
2 - O projecto pretende concentrar o fundo num ministério apenas, quando a experiência em Angola mostrou-nos as vantagens da desconcentração e uma visão participativa. E é preciso a participação dos privados.
3 - Acredito que sim, uma vez que, só para exemplificar, através dos saldos médios das contas bancárias, os bancos comerciais concederem créedito aos desempregados que tenham um bom histórico bancário. Estamos perante uma boa decisão.
Paulo Santos
1
- O país apresenta um défice de habitações na ordem de 5 milhões, enquanto este
projecto propõe apenas 4 milhões até 2050, quando as necessidades terão já se
multiplicado. È necessário um programa
do género, mais abrangente.
2 - A gestão privada vai onerar mais o erário, e trazer menos
resultados. Considerando as carências que os jovens enfrentam, mesmo os
formados a nível superior, seria muito bem vindo um projecto à semelhança do
Kwenda.
3 - Que se lançasse um fundo de
desemprego com critérios de acesso, para prover os desempregados com uma
receita mínima, que serviria para sustentação ou para financiamento, enquanto
procuram formas de empregar-se.
Augusto Fernandes
1
- É a melhor política que o Governo
adoptou, desde 1975, porque o povo já
auto constrói as suas próprias casas, sem direcção e sem assistência e as
famílias poderão contar com o apoio do governo em todo o processo de
autoconstrução.
2 - Tem de ter capacidade para investir previamente em infra-estruturas como
vias, electricidade, água e esgotos, zonas industriais e outros polos
laborais,para que os cidadãos construam as suas casas, financiadas ou com
fundos próprios.
3 - No âmbito do aviso 9 do BNA, que está a preparar uma nova versão, onde a
taxa de juro é de 7% para a autoconstrução dirigida e assistida, com um período
de até maturidade de 25 anos e com a
garantia real do terreno, ou mesmo da habitação, é possível.
Cleber Corrêa
1 - Associação dos Profissionais Imobiliários de Angola sugeriu ao Estado
que cada loteamento tivesse uma pré-aprovação de 5 ou 10 tipos de projectos,
para que o município não perdesse tempo na burocracia de aprovação junto aos
governos provinciais ou administrações.
2 - O sector privado poderia, além de criar loteamentos, construir também casas e ele próprio financiar o comprador, desde que houvesse um mecanismo jurídico que resolvesse rapidamente o incumprimento.
Se essa resposta rápida existisse, onde uma pessoa deixasse de pagar as prestações.
3 - A banca consegue
fazer isso com facilidade para créditos de curto prazo, entretanto, um crédito
habitacional que chega a 25 anos fica mais difícil. Além disso, em caso de
incumprimento, , os tribunais levam de 7 a 10 anos para resolver a questão.
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