A modernização da rede de transportes e logística tem estado entre as principais prioridades do Governo angolano para capitalizar a localização geográfica territorial.
O ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, presidiu hoje, o acto de Transferência de Competências de Gestão dos Terrenos Infra-estruturados e das Mediatecas.
1-Em que sectores de actividade Angola pode tirar benefícios? 2- Que projectos estruturantes Angola devia contar com a Itália? 3- Em que mercado italiano Angola pode investir?
Alfeu Vinevela
Empresário do sector agrário do Bié
1- Julgo que o País devia estar disponível para receber o investimento italiano e canalizá-lo para todos os sectores de actividade não petrolífera. E apreender a fórmula utilizada por eles que capacitou o sector das micro, pequenas e médias empresas, autêntico motor da economia italiana.
2 - Tudo
aquilo que se pode produzir e exportar,
desde já produtos do campo. É preciso uma transição do modelo económico. Um
modelo que garanta uma economia para além do petróleo, tirando partido dos seus
activos endógenos e das suas vantagens económicas.
3 - Acho melhor dispensar aos italianos as terras aráveis que nós possuímos,
entretanto pouco exploradas para transformar em campo de produção. É uma
oportunidade derradeira para um desenvolvimento sustentável e para os nossos
empresários.
Maria Nascimento
Presidente da Federação das Mulheres
Empreendedoras
1
- Desafios gigantescos, sobretudo ao
nível das infra-estruturas, do ambiente macroeconómico, da eficiência do
mercado laboral e do mercado de bens, do desenvolvimento do sistema financeiro,
da dimensão do mercado, da sofisticação dos negócios e da inovação.
2 - Reafirmamos a importância do sector do turismo como sector chave,
sector motor, sector criador e gerador de escala e de qualidade para o conjunto
da economia e a necessidade de formatação da política económica em função desta
assunção.
3 - Apostar apenas no mercado nacional, sobretudo para economias de pequena
dimensão, é uma estratégia suicida. É preciso insistir na internacionalização.
Produzir um produto ou serviço que não permita a sua internacionalização pode
asfixiar o crescimento exponencial da empresa.
Luís CupeÑala
Presidente da Câmara de Comércio Angola-China
1
- A
Itália é um dos países mais desenvolvidos da Europa e, consequentemente,
do mundo, com experiências seculares em vários sectores. As indústrias
transformadoras e extractivas, construção, tratamento de água, são para mim sectores de eleição.
2 - Nos
grandes projectos do Executivo para o próximo quinquénio, nomeadamente o
Planagrão, o Planapesca e o
Planapecuária, cruciais para a segurança
alimentar e para diversificação da
economia do País. Ou seja, são na verdade projectos de que o país precisa.
3 - Precisava-se de arranjar parcerias muito fortes para investirem com sucesso
num país como a Itália. Internacionalizar exige mais capacidade financeira,
melhor gestão, conhecimento do mercado
internacional e parcerias locais.
JOSÉ SEVERINO
Presidente da Associação Industrial de
Angola
1 - Há
anos, os italianos queriam fazer em
Angola o mesmo exercício que tinham
feito com um total de 12 países e com um sucesso absoluto: um centro de
formação para a utilização da maquinaria que se compra em Itália e assegurar a
assistência das mesmas.
2 - Um país como Angola, que tem uma política forte para desenvolver uma
indústria manufactureira através de projectos muito bem conseguidos como o Planagrão, entre outros, a maquinaria
fabricada na Itália é a melhor
opção, sem sombra de dúvida.
3 - O
nosso capital espalha-se por múltiplas vantagens como
plataformas petrolíferas e de gás, recursos hidroeléctricos
incomensuráveis, potencialidades agrárias, posição geográfica influente no
Atlântico Sul, porta para o interland africano e seu mercado exponencial.
Luís Chiminha
Empresário
do sector da restauração
1
- É um dos países mais auto-suficientes a nível alimentar da Europa, onde é possível encontrar
excelente cultivo de trigo e arroz. Por isso, pode ser um grande parceiro para
Angola, numa fase em que o projecto Planagrão começa a dar os primeiros passos.
2- As
máquinas italianas ajudariam o sistema de reboque e de transporte de cargas no
que concerne ao plano de construção de uma rede ferroviária, com ligação com os
países fronteiriços. E a concluir os
projectos da construção de portos.
3 - É notória a elevadíssima qualidade dos materiais de construção e de
revestimentos italianos, do mobiliário doméstico, de escritório e dos aparatos
para iluminação. É um sector de que lhe é reconhecida uma competência de
primeiro nível. Temos boa madeira, para exportar.
Ernestina A. Chipita
Presidente
da Cooperativa de Pesca Artesanal Tômbwa
1
- É crucial garantir, essencialmente,
investimento estrangeiro no intuito de
assegurar a passagem de Angola para um patamar de desenvolvimento
sustentável. A indústria transformadora é a minha grande aposta.
2 - Julgo que
seriam bons parceiros. Já o foram na década de 1980, aqui no Tômbwa, quando da Idruconsult, uma empresa italiana que esteve
envolvida na construção de infra-estruturas de salga e seca, assim como um
laboratório de análise de pescado seco.
3 - A política de exportação é como um ciclo normal de vida. Nenhuma criança
nasce adulta. É preciso investimento, cuidados, atenção para que ela [a
criança] se desenvolva. É a mesma coisa que se passa com uma empresa. Creio que
não é ainda o momento certo para investirmos forte em Itália.
Georgina
Neto
Presidente
da Associação das Mulheres Empresárias do Uíge
1
- Esta é a melhor ocasião para a diversificação da economia de Angola. A aposta
deve agora centrar-se, também, na agricultura, indústria, no turismo e na
criação de pequenas e médias empresas angolanas. E a Itália tem experiência
suficiente para nos passar.
2 - Sendo
o quinto país do mundo que recebe mais turistas, cujo número ascende aos 46,1
milhões, conforme noticiaram, devíamos
aproveitar a larga experiência para envolvê-los nos pólos de Calandula, Bacia
do Okavango e no grande projecto Okavango- Zambeze.
3 - Os desafios são de índole estratégica e estrutural e exigem o recurso à
inovação, ao empre-endedorismo e ao sector em-presarial, enquadrados numa
estratégia global, amplamente partilhada pelos principais intervenientes.
Quando isto for um facto, podemos pensar em mudar para os mercados da Europa.
Francisco
Abílio Lubamba
Empresário
agropecuário do Cunene
1 - Urge a criação de veículos de financiamento que se podem transformar num banco de desenvolvimento conjunto com a missão específica de promover
os negócios, potenciando também a utilização dos mecanismos de cobertura de
riscos internacionais.
2 -
Também devíamos contar com este país
para nos ajudar a recuperar unidades
fabris emblemáticas, actualmente degradadas, sobretudo no Sul do País, por exemplo a fábrica de sumo localizada na Matala.
3 - O sector do café, uma área em que os italianos são excelentes. Também
importante é o sector das Pescas, pois possui
a segunda frota pesqueira da União Europeia, com 14 mil embarcações. E
até, o sector das Pescas italiano já cá
esteve na década de 1980, se a memória não me falha, no Namibe.
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