Os "looks" (vestidos) das celebridades agora são parte integrante da experiência de assistir a filmes premiados e nesta edição não foi excepção.

Desde os tecidos luxuosos usados para customizar os trajes finais, até os grandes nomes da moda que apoiaram os trajes, gastar um tempo à volta do tapete vermelho foi uma experiência inimitável.

O tapete vermelho do Festival de Cannes deste ano foi caracterizado por vestidos sofisticados, glamourosos e considerados dramáticos, que roubavam a cena.

O Festival de Cannes é conhecido não apenas por celebrar o melhor do cinema internacional, mas por ser um dos eventos mais aguardados no mundo da moda. A cada ano, celebridades e estrelas do cinema desfilam pelo famoso Red Carpet, exibindo seus "looks" deslumbrantes e estabelecendo tendências para a indústria da moda. Nesta edição  uma tendência em particular chamou a atenção: os vestidos "looks" brancos, que dominaram o "Red Carpet" (tapete vermelho) do Festival de Cannes.

Embora o branco possa parecer uma escolha simples, os "looks" apresentavam uma riqueza de detalhes que adicionavam sofisticação e originalidade aos trajes, bor- dados, rendas e plumas dominaram o tapete vermelho do festival. Entre as celebridades que escolheram o branco como sua cor de destaque no Festival de Cannes, destacam-se as actrizes Viola Davis, Gemma Chan e Adele Exarchopoulos.

A actriz vencedora do Óscar, Viola Davis, foi uma das que mais se destacaram no tapete vermelho do prestigiado festival, esbanjando luxo e poder, a actriz optou por um vestido assinado por Valentino, com uma capa de plumas que deixou todos de boca aberta.

A actriz francesa, Adele Exarchopoulos optou por um cropped e uma saia longa da marca Fendi para a pré-estreia de "Monster", em Cannes. Para compor o "look", a actriz utilizou um colar de rubi e um penteado em "coque" com uma maquiagem leve.

A actriz britânica, Gemma Chan, conhecida por interpretar uma super-heróina na Marvel Studios, utilizou um vestido de noiva coberto com bordado de flores, da marca Louis Vitton.

O Festival de Cannes 2023 foi marcado pela presença dominante dos vestidos brancos no Red Carpet. As celebridades desfilaram com elegância e sofisticação, demonstrando a versatilidade e o poder do branco como cor escolhida para ocasiões especiais. Com sua influência na indústria da moda, é provável que a tendência dos "looks" brancos se espalhe por outras premiações e eventos ao longo do ano, garantindo que o branco continue a ser uma escolha atemporal e glamorosa para futuras ocasiões de gala.

Celebridades como Adriana Lima, Aishwarya Rai Bachchan, Lilly Krug, Ruby O. Fee, Caroline Daur, Yseult e Kat Graham entraram com vestidos que reflectem a identidade individual e a cultura do evento.

Aliás, tem sido assim todos os anos nessa cidade francesa que acolhe um dos mais prestigiados festivais de cinema do mundo, onde as actrizes, os actores, os realizadores, os produtores e demais técnicos e artistas da Sétima Arte aparecem para as lentes da fama.  Trata-se da 76º edição anual do Festival de Cannes, que encera sábado, 27, em Cannes, França.

A supermodelo, actriz e empresária brasileira Adriana Lima foi vista no tapete vermelho magnífica em um vestido de espartilho preto em veludo com arco e faixa dramático amarelo citron grande, da colecção exclusiva da estilista e designer australiana Tamara Ralph Couture. Para completar o traje, ela apostou em sandálias de salto alto com fivelas e jóias em cristais.

A outra actriz, dançarina, cantora, compositora e supermodelo indiana Aishwarya Rai Bachchan também se destacou nesta edição do festival. A actriz e dançarina desfilou no tapete vermelho do Festival de Cinema de Cannes com uma aparição ousada em um vestido prateado brilhante da marca Sophie Couture. O vestido tinha um capuz gigante estruturado que cobria a cabeça da actriz e um laço preto enorme que o unia.

O visual é incomum para Aishwarya, que participa do prestigiado festival há vários anos. Os fãs nas redes sociais tiveram reacções mistas à roupa.

Sobre o Festival

O evento acontece em plena "Côte d'Azur", no sul da França, e reúne astros e estrelas para exibições, entrevistas colectivas e outros eventos da indústria cinematográfica.

Neste ano, dezanove filmes estão a competir  pela Palma de Ouro - seis deles dirigidos por mulheres, um recorde para o festival. Michael Douglas, veterano de 78 anos, vai receber uma Palma de Ouro honorária pela trajectória construída durante a carreira. Johnny Depp marca o retorno às telas de cinema com o filme francês "Jeanne du Barry”.

Filmes africanos

"As filhas de Olfa" é um dos dois filmes africanos em competição em Cannes. A longa-metragem de Kaouther Ben Hania é um mergulho na Tunísia pós revolução onde duas das filhas de Olfa juntam-se ao autoproclamado Estado Islâmico na Líbia. Ambas estão hoje detidas, deixando para trás uma mãe e duas irmãs inconformadas.

Um registo algo documental sobre a filmagem da vida de Olfa e das suas filhas, das duas que com ela ficaram, para falar, essencialmente, das duas mais velhas que desapareceram para se ir juntar ao autoproclamado Estado Islâmico.

Detidas na Líbia as duas filhas mais velhas de Olfa até ao momento não foram repatriadas para o país de origem. Para falar da sua trajectória, a realizadora filma com duas actrizes o mergulho daquelas duas jovens tunisinas no extremismo islâmico.

 O relato, na primeira pessoa, da mãe e das irmãs inconsoladas é um murro no estômago sobre como uma família acaba por se dilacerar e um testemunho sobre a frágil condição feminina neste país do norte de África.