Avelina Caetano, tia dos falecidos, explicou que o incêndio começou por volta das 2h00 e foi causado, supostamente, por um curto-circuito. "Primeiro começamos a sentir o cheiro de fumo. Depois  o fogo, que se espalhou rapidamente pela residência”, disse.      

Com a ajuda dos vizinhos, explicou, procuraram socorrer as vítimas, procurando extinguir o fogo com areia e água. "Depois de horas, conseguimos apagar o fogo na totalidade”. contou.

 As vítimas, revelou, foram Domingas Caetano, de 40 anos, os três filhos de 24, 10 e 3 anos, assim como dois sobrinhos da malograda, de 15 anos e seis meses, esta última a residir na casa para desmamar. "Eles ainda foram socorridos para o Hospital Américo Boavida, mas devido ao estado grave em que se encontravam, acabaram por morrer minutos depois”.

Avelina Caetano esclareceu que as vítimas não sofreram grandes lesões decorrentes do incêndio, "mas inalaram muito fumo, resultante da queima dos cabos eléctricos”. O calor da combustão do fogo deflagrado também causou danos.  

O dono da residência, Etson Caetano, de 40 anos, lamentou a perda da mulher e dos três filhos. "Só escapei da tragédia  porque fui ao óbito de um amigo, na Rua da Brigada, onde permaneci toda a madrugada”, explicou.

Em casa, adiantou, viviam oito pessoas. Um dos sobrinhos, disse, foi levado dias antes para a casa de uma irmã e o outro residente, um irmão, o acompanhou ao óbito. "Recebi a triste notícia do incêndio lá”.    

Sem parar de lamentar pela situação que vitimou a família, Etson Caetano recebeu palavras de conforto e encorajamento dos vizinhos.

O porta-voz do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, intendente Faustino Minguês, disse que quando chegaram ao local encontraram o fogo já extinto pelos vizinhos. "Tudo aponta que as mortes ocorreram por presumível inalação tóxica, causada pelo fumo”, informou, acrescentando que investigações estão a ser feitas para determinar as verdadeiras causas que estiveram na origem do incêndio.

André da Costa e Pedro Bica