Ichiro Kashitani considera existir no país inúmeras oportunidades e bastante seguras para o investimento estrangeiro. Durante a intervenção no Fórum de Negócios Angola - Japão, iniciativa da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações de Angola (AIPEX) com a JETRO - Japan External Trade Organization (Organização do Comércio Externo do Japão, na tradução livre do português), o também cônsul do Japão em Angola manifestou o total interesse de "ser uma ponte para ligar os dois países".

Ichiro Kashitani disse que, em Janeiro deste ano, quando regressou a Angola, após a Covid-19, sentiu um país que possui potencial e nos encontros mantidos sentiu, de igual modo, o comprometimento da governação.

Aos homens de negócios japoneses presentes ao fórum, o presidente & CEO da Toyota Tsusho Corporation afirmou que fisicamente existe distância entre Angola e o Japão, mas na realidade sente que essa distância não existe e os investidores encontrarão em Angola condições para "bons" negócios.

JBIC está aberto

O JBIC - Banco do Japão para a Cooperação Internacional (na sigla em português) tem disponível, neste momento, 30 mil milhões de ienes (112 mil milhões de kwanzas/222 milhões de dólares) para investimentos em a África.

A garantia foi dada pelo director-geral do departamento de Energia e Soluções Financeiras. Manabu Kato garantiu a existência de linhas de financiamento verde (prioridade a investimentos sustentáveis) e com taxas de juro atractivas.

Disse que os empréstimos do JBIC se destinam a Governos ou contrapartes, sem intermediários e que o pacote disponibilizado para África representa apenas 6,0 por cento da carteira global.

Segundo o líder do JBIC, este banco tem capitais próprios e recursos para financiamento uma verba superior aos do Banco Áfricano de Desenvolvimento (BAD), mas é esta mesma a sua congénere em África.

O responsável fez saber que as obras em desenvolvimento na província do Namibe têm seus financiamentos e ainda assim mantém disponibilidade para novas operações.

Kansai Electronics

Já o Presidente da Kansai Electronics, Kunihiro Shinji, também esteve no fórum, ocasião em que aproveitou mostrar o potencial da pequena empresa na oferta de produtos de apoio petrolíferos.

Kinihiro Shingi pediu para que lhe sejam indica-das pessoas ou empresas de Angola que o pudessem catapultar o negócio para melhores patamares.

Instituto do Investimento

Já Aki Inomata, directora de departamento de Negócios e Desenvolvimento do Instituto para Promoção do Investimento e Exportação do Japão, disse estarem associados à Embaixada de Angola no Japão na promoção do país e captação de investidores.

Aki Inomata afirmou que o instituto está a utilizar boletins, revistas e seminários para divulgar Angola. Em relação às empresas mais interessadas, falou em firmas ligadas ao agro-negócio, transportes, saúde e também indústria petroquímica como as que muitos buscam informação e predispõem deslocalizar-se para Angola.

Divisão África da Toyota

O director principal para a Divisão África do Departamento de Planificação da Toyota, Akyra Awada, disse que o fórum de negócios deve ser visto como uma forma de os empresários e investidores japoneses interessados em ir para Angola conhecer o mercado e as oportunidades existentes.

Recordou que os projectos do Porto do Namibe e do Terminal Mineiro de Sacomar são dois bons exemplos do que faz a Toyota, tendo lembrado que foram aplicados nestas empreitadas investimentos de 600 milhões de dólares (mais de 300 mil milhões de kwanzas).