Cultura

“Tesouro sagrado” da Guiné-Bissau

Nilsa Batalha

O seu nome deriva do seu povo, os bijagós, gente que foi morar nas ilhas ao longo dos séculos. Sobre eles há o olhar histórico-antropológico, pois até hoje mantêm tradições religiosas próprias e hábitos culturais curiosos.

31/03/2024  Última atualização 10H36
© Fotografia por: DR

Considerado uma das últimas jóias de África, chamam-lhe, em crioulo, bembadi vida (o celeiro da vida). O arquipélago dos Bijagós é um conjunto de ilhas costeiras e estuarinas da Guiné-Bissau, constituído por 88 ilhas, ilhéus e ilhotas, situadas ao largo da costa atlântica africana, com uma área total emersa de 2.624 km².

A ilha de Orango tem a particularidade de ter uma sociedade matriarcal, onde as mulheres escolhem os maridos, cozinhando-lhes um prato tradicional de peixe, que ao ser aceite e comido pelo pretendido torna-se o selo da união.

Situado na área ocidental do continente, o arquipélago de Bijagós (o único em forma de delta na costa atlântica africana) é um reduto de vida selvagem em estado puro, um ponto de encontro de estuários continentais e correntes costeiras vindas da Guiné e das Canárias.

O território está dividido por canais pouco profundos, nos quais a circulação é difícil.

Das 88 ilhas Bijagós classificadas em 1996 pela UNESCO como reserva da biosfera, só 20 são habitadas e três têm oferta turística. As ilhas são reservatórios de biodiversidade de importância mundial e servem de "maternidade” para espécies em risco de extinção. Nos cerca de quarenta mil hectares de mangais, passeiam aves provenientes do outro lado do mundo, crocodilos, uma colónia única de hipopótamos marinhos e a maior população de manatins da África Ocidental.

O arquipélago é um dos santuários de tartarugas. Todos os anos, a ilha de Ambeno é palco de um espectáculo raro: no final do Verão, chegam às praias milhares de fêmeas de tartarugas-verdes, que põem 7.000 a 37.500 ovos, sendo hoje o principal ponto de desova da África Ocidental. O arquipélago está na rota de dezenas de espécies de aves migratórias que encontram comida nos canais pouco profundos entre as ilhas. É também um dos locais mais importantes a nível mundial para muitas espécies de aves pernaltas, como a garça-dos-recifes (Egrettagularis).

O jugudé (Necrosyrtesmonachus) é uma espécie de abutre ameaçada de extinção a nível mundial, mas ainda abundante na Guiné-Bissau, onde desempenha um papel importante na limpeza de todo o tipo de lixos orgânicos, tanto na cidade como no campo.

Para lá das praias de areia fina e dos canais de águas mornas, bordejados por palmeiras e mangais, há segredos guardados num equilíbrio profundo entre homem e natureza, em que um tem garantido a sobrevivência do outro.

As Ilhas dos Bijagós concorrem a Património Mundial Natural. O seu reconhecimento como Património Mundial Natural da UNESCO é visto como um passo importante para o reforço das acções de conservação em prol do desenvolvimento sustentável. No ano 2014 as ilhas Bijagós foram designadas como zona húmida de importância internacional.

 

Fonte:nationalgeographic.pt/amp.dw.com/ptelinkedin.com/pulse/arquipélago-de-bijagós


ENGENHEIRO THOMAS  O. MENSAH
O africano que contribuiu para o desenvolvimento d
a fibra óptica

Ele é conhecido pelo seu trabalho pioneiro no desenvolvimento de materiais compósitos de fibra de carbono, que são leves e extremamente resistentes, tornando-os ideais para aplicações em aeronaves, foguetes e veículos espaciais.

Uma das conquistas notáveis de Thomas O. Mensah foi a sua contribuição para o desenvolvimento de tecnologia de nanotubos de carbono, que são estruturas cilíndricas extremamente pequenas e fortes, com uma ampla gama de aplicações, desde materiais desportivos até dispositivos electrónicos avançados.

Em 1983, Mensah ingressou na CorningGlass Works, para trabalhar numa pesquisa sobre fibra óptica em Nova Iorque. Alguns pesquisadores dessa instituição já haviam desenvolvido fibras ópticas com perdas abaixo do limite de atenuação crucial de 20 dB/km, mas as fibras não podiam ser fabricadas a taxas superiores a dois metros por segundo.

O engenheiro Mensah melhorou o processo de fabrico através de uma série de inovações, aumentando a velocidade de fabrico para 20 metros por segundo. Isso tornou o custo da fibra óptica comparável ao dos cabos de cobre tradicionais.

Mensah estudou Engenharia Química na Universidade de Ciência e Tecnologia Kwame Nkrumah, no Ghana, antes de prosseguir os seus estudos nos Estados Unidos. Ele obteve um mestrado em Engenharia Química pela Universidade de Manchester, na Inglaterra, e um Ph.D. em Engenharia Química pela Universidade de Tecnologia de Londres, Inglaterra.

O engenheiro Thomas Mensah é o primeiro africano admitido na Academia Nacional de Inventores dos EUA. Ele tem 14 patentes e ganhou vários prémios: Prémio Turner's Trumpet de Inovação em Fibra Óptica; Prémio Julian; Prémio Golden Torch; Prémio William Grimes; Prémio Engenheiros Eminentes e Prémio Kwame Nkrumah African Genius.

 

Fonte:PretUX


PETER FISHER
O Soba de origem israelita

Mwanta Nyamwana, mais conhecido por Peter Fisher, foi instituído no trono de Soba pelo povo Lunda da província de Ikeleng’i, uma região localizada no Noroeste da Zâmbia.

Os seus pais eram filhos de israelitas que se estabeleceram na cidade de Mwinilunga,, onde chegaram a ser considerados os maiores produtores de ananás da região.

Com a morte dos pais, a tragédia abateu-se sobre o adolescente Peter Fisher. Como não tinha outros familiares, o antigo Rei Nyamwana viu-se obrigado a acolher a criança, chegando mesmo a adoptá-la mais tarde como filho.

Após a morte do Rei Nyamwana, Peter Fisher (Mwanta Nyamwana) foi coroado líder do povo Lunda da província de Ikeleng’i, já que o antigo Rei nunca teve um filho para sucedê-lo.

Desde então, Peter Fisher ficou tão apegado às normas e costumes do povo Lunda que fala melhor a língua local que o inglês. Ele conhece profundamente a cultura do seu povo.

Peter recusa-se a ser tratado como um homem branco, nunca visitou a Europa ou mesmo o país de origem dos seus pais biológicos. Ele é dos homens mais respeitados da sua região.

Fonte: VisitZambia


NAMÍBIA
Um dos países menos povoados do mundo

A República da Namíbia possui uma geografia marcada por vegetação e clima desérticos. O país está situado entre os desertos do Namibe e do Kalahari com dunas gigantescas de quase 90 metros e uma vida selvagem sem igual.

Com uma extensão territorial de 825.615 quilómetros quadrados, a Namíbia é o 34º maior país do mundo. A sua extensão territorial é maior do que 39 países africanos, mas tem uma população de cerca de 2,5 milhões de habitantes.

O país é muito pouco povoado. A única cidade com  mais de 100  mil  habitantes  é  a capital, Windhoek.

Aos domingos, as cidades ficam quase desertas, parecendo "cidades fantasmas”. Pode-se conduzir por cerca de uma hora sem cruzar com outro veículo.

 
Fonte: Motherafricacry

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