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Temos de “estar preparados”para algo mais grave no futuro

A infecção pelo novo coronavírus teve um impacto devastador em todo o mundo, mas a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que o mundo poderá enfrentar pandemias mais graves do que aquela que estamos a viver, exortando a que seja levado muito “a sério” a preparação para os próximos combates.

03/01/2021  Última atualização 14H17
"Este é um alerta”, disse o director para as emergências em saúde, Michael Ryan, aos jornalistas, numa conferência de imprensa, segunda-feira, que marcou um ano desde que a agência da ONU teve conhecimento da propagação do novo vírus na China. Desde então, a Covid-19 matou quase 1,8 milhão de pessoas em todo o mundo, entre os mais de 80 milhões infectados.

"Esta pandemia foi muito severa”, reconheceu Ryan. "Espalhou-se pelo mundo com extrema rapidez e afectou todos os cantos do planeta, mas esta pandemia não é necessariamente a maior.”
Sublinhou que, embora o vírus seja "muito transmissível e mate pessoas... a sua taxa de letalidade actual é razoavelmente baixa em comparação com outras doenças emergentes”.

"Precisamos de estar preparados para algo que pode ser ainda mais grave no futuro”, vaticinou
O conselheiro sénior da OMS, Bruce Aylward, também advertiu que, embora o mundo tenha feito um enorme progresso científico para lidar com a crise do novo coronavírus, incluindo o desenvolvimento de vacinas em tempo recorde, continuamos longe de estar preparados para evitar futuras pandemias.

"Estamos na segunda e na terceira ondas deste vírus e ainda não estamos preparados para lidar com pandemias e a sua gestão”, afirmou na conferência de imprensa.
"Embora estejamos  bem preparados ... não estamos totalmente aptos para esta (pandemia), muito menos para a próxima.”

Mais ambição

O director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, manifestou esperança de que a pandemia da Covid-19 tenha ajudado o mundo a preparar-se para enfrentar as futuras ameaças.
"Em termos de consciencialização, penso que agora estamos a conseguir”, disse. Mas alertou: "vai ser necessária mais ambição.”
Tedros Adhanom Ghebreyesus aproveitou para destacar a forma como os cientistas de todo o mundo estão a trabalhar juntos, para ajudar a acabar com a pandemia.

Referiu especificamente as duas novas variantes do novo coronavírus, que surgiram no Reino Unido e na África do Sul, que parecem ser mais infecciosas do que as estirpes anteriores.
"Estamos a trabalhar com cientistas no Reino Unido e na África do Sul que realizam estudos epidemiológicos e laboratoriais, que vão orientar as próximas etapas”.

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