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Telemedicina dá os primeiros passos no Lubango

Estanislau Costa | Lubango

Jornalista

A assistência médica com recurso à telemedicina começou já a dar os primeiros passos, na última semana, na província da Huíla, face à conexão dos hospitais central do Lubango, Dr. António Agostinho Neto e do município da Jamba, acção tida como uma das vantagens da recepção do sinal do ANGOSAT-2.

20/02/2023  Última atualização 13H25
© Fotografia por: Estanislau Costa/Edições Novembro/Huíla
O Jornal de Angola apurou que para tornar funcional os serviços foi instalado o sistema tecnológico Vesat, no hospital central do Lubango, da Jamba e de Caconda, de modo a favorecer a interligação das unidades sanitárias locais com outras de referência de vários pontos do país e não só.
O director Clínico do Hospital da Jamba, Ericleiton Franco, enalteceu o facto da nova tecnologia de comunicação começar a contemplar as unidades sanitárias das zonas mais recônditas das sedes das províncias por permitir uma melhor interação dos especialistas da medicina de várias áreas e encontrar-se soluções precisas e rápidas dos pacientes.
Reconheceu que os serviços de saúde estão a merecer uma transformação tecnológica qualitativa com vista a passar a dar diagnósticos precisos e céleres aos pacientes, sobretudo para os casos complexos que forçavam a maioria dos doentes e respectivas famílias a se deslocarem para Oshakati, província da República da Namíbia.
Ericleiton Franco, referiu que a primeira consulta baseou-se na discussão de um caso de uma criança de três anos de idade, com suspeita de padecer de tuberculose extra-pulmonar, tendo o corpo clínico que a avaliar a situação e optado por transferi-la para o hospital Sanatório do Lubango.
Ao todo, em apenas quatro dias, o serviço de telemedicina beneficiou dezenas de cidadãos, como uma paciente de 19 anos de idade, com suspeita de abcesso sub-mandibular com fístula e um jovem de 27 anos, com uma suposta síndrome icterícia (cirrose hepática).
Considerou ser uma experiência de enaltecer os feitos do ANGOSAT-2 por estar a permitir aos profissionais de saúde e não só desenvolverem a sua actividade com mais certeza nos diagnósticos dos casos "mais complexos de pacientes sobretudo sem recursos para se deslocar à Namíbia".
"Estamos a interagir com os colegas de várias unidades hospitalares de diversos pontos do mundo e, com a particularidade do factor língua, em nenhum momento está a obstaculizar a abordagem técnica e científica dos diversos casos que têm sido avaliados”, disse o Dermatologista, Salomão Gonçalves.
Para ele, o município conta com uma nova unidade hospitalar de referência erguida com Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) que está apetrechada com tecnologia de última geração favorável a vários tipos de intervenção cirúrgica, diagnóstico e avaliação de várias enfermidades, realização de partos complexos e outros casos.

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