Sociedade

Taxistas querem carteira profissional neste trimestre

Alberto Quiluta

Jornalista

A Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA) pretende que, dentro do primeiro trimestre deste ano, se atribua a carteira profissional para todos os que exercem a referida actividade.

20/01/2023  Última atualização 07H39
Taxistas querem profissionalização da actividade no país © Fotografia por: DR

O projecto da carteira profissional, que faz parte de um conjunto de prioridades da associação, segundo o seu presidente, Francisco Paciente, vai contribuir para a melhoria da situação do taxista e beneficiar, igualmente, o Executivo.

Em função da importância que a ANATA atribui à carteira profissional, Francisco Paciente apela ao Executivo para "um maior bom senso”, tendo em conta que esse projecto tem já vários anos de espera. "Afastamos qualquer possibilidade de existir falta de vontade política de o fazer”, disse, para apontar a falta de comunicação e interpretação como factores do atraso.

O presidente da ANATA lamenta o facto que ilustra, nos dias de hoje, em que qualquer cidadão, mesmo sem habilitações legais, poder segurar num veículo e entender exercer a actividade de táxi. "Isto é um atentado à segurança das pessoas, uma anarquia que a carteira profissional pode acabar”, reforçou.

Quanto ao Decreto Presidencial nº 128/10, que estipula a actividade de táxi como actividade ocasional, em que as pessoas não precisam de ter qualificação para o fazer, o responsável associativo defende que se deveria obrigar os taxistas a estudar, ou seja, ter uma formação ética e deontológica, para conhecer o Código de Estrada e a própria cidade em que vive.

Além da questão da carteira profissional, Francisco Paciente avançou que a ANATA pretende materializar, neste ano, o projecto da instalação do "Táxi One”, um aplicativo de gestão, controlo e monitoramento de taxistas.

 

Formação universitária

Em 2022, a associação conseguiu formar 312 taxistas nas várias Universidades, fruto de acordos com diferentes instituições académicas públicas e privadas do país.

Do ponto de vista técnico-profissional, avançou que um total de 99 associados beneficiou  de cursos profissionais, com destaque para empreendedorismo, electricidade, mecânica e serralharia.

Neste ano, a ANATA, com 1.876 membros em 14 das 18 províncias, tem garantidas, numa primeira fase, 50 bolsas de estudos para os associados.   

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