O académico Nelson Pestana “Bonavena” defendeu, segunda-feira, na União dos Escritores Angolanos (UEA), em Luanda, que a figura do poeta e nacionbalista Viriato da Cruz, deve ser melhor estudada no ciclo académico por via da realização de conferências onde se podem discutir os seus ideais.
O estado de execução das obras de reabilitação das infra-estruturas integradas do Museu Nacional de Arqueologia (MNA), em Benguela, foi constatado pelo o Inspector Geral da Administração do Estado (IGAE), João Pinto, durante a visita de trabalho na província.
A primeira edição da segunda temporada do “Almoço Angolano” levou, no último domingo, ao Restaurante do Hotel Diamante, em Luanda, três vozes renomadas da música angolana, Euclides da Lomba, Margareth do Rosário e Calabeto, que durante três horas de música ao vivo levaram emoções e nostalgia aos convivas.
Num momento em que o público esperava por boa música, a Banda Maravilha animou os presentes, abrindo o concerto com temas como "Lamento do Cuia”, "Memória de Luanda”, "Grito de Bó Fidji”, "Semba Henda”, "Choro do Semba” e outras todas totalmente instrumentais. Os "Embaixadores do Semba” fizeram como passado quando as músicas soladas abriam os concertos, com Marido Furtado, na bateria, Moreira Filho, no baixo, Miqueias Ramiro, no teclado, F.A, nas congas, a dupla de solista, Domingão e Isaú Baptista, e Domingão, o novo integrante. No momento de acompanhar os artistas, Gigi e Beth reforçaram a banda como coristas.
O cabeça de cartaz Euclides da Lomba, acompanhado pela Banda Maravilha, dividiu o palco com Margareth de Rosário e Calabeto. No primeiro momento o músico brindou os convivas com viagem musical onde do vasto repertório encantou com "Ai Como Eu Amo”, "Caso de Amor e Ternura” e "Quem me Ama”. A influência latina esteve presente no medley onde interpretou "Biri Biri” de Ngola Ritmos, "Temos que guardar segredo desse Amor”, "Sierra Maiestra” e "El Comandante” deixando fluir o seu lado rumbeiro típico de um caymanero.
No fim do primeiro bloco Euclides da Lomba chamou a primeira convidada, Margareth do Rosário para subir ao palco, tendo apresentado os temas "Vem para cá” e "Temperatura”. A cantora em declarações à reportagem do Jornal de Angola sugeriu aos promotores de eventos e produtores que organizem espectáculos só para as mulheres cantoras da nossa praça, no âmbito das celebrações do Março Mulher. A autora de "Amor Profundo” promete continuar a trabalhar de forma paulatina.
O segundo convidado, Calabeto apresentou-se depois da segunda passagem de Euclides da Lomba. Foi com uma entrada triunfal, a estilo mestre-de-cerimónias, que Cota Bwé deixou em risadas e alegre a plateia, com o seu jeito típico. Passeou pelos sucessos: "Nguami Maka”, "Bomba”, dueto com Isaú Baptista, e "Ngolo Iame”, para fechar a sua participação. O artista em palco não ficou indiferente às celebrações do Março Mulher, deste modo felicitou todas as mulheres presentes e convidou-as para uma animada roda de dança.
Calabeto referiu que é sempre um prazer partilhar o palco com Euclides da Lomba e é um motivo de grande alegria. "Sendo o Euclides um pouco mais novo do que eu, quer em termos de idade quer do ponto de vista cultural, temos um relacionamento muito bom e recebendo o convite desse ícone da música angolana foi uma grande honra”.
Cota Bwé acrescentou que a interacção com o público foi boa e tecnicamente com a Banda Maravilha, que dispensa comentários porque trabalhamos há muitos anos.
Euclides da Lomba recorreu ao reportório do cabo-verdiano Leonel Almeida e interpretou o sucesso "Madrugada Fora”. Ainda teve tempo para fazer vibrar os corações apaixonados e apreciadores da sua arte com temas autorais, nomeadamente "Desejo Malandro”, "Jeito Atrevido” e "Livres Serás”, tema que a plateia não resistiu e cantou no fundo das harmonias do piano de Miqueias.
Para parte final "Falso Confidente” com um discurso assente no romantismo e na amizade para fechar em alta com "Regressa” e "Recado de um Semba”, deixando nostálgico os confrades.
"Demos sequência da iniciativa da casa na organização de eventos e as pessoas marcam presença porque têm uma agenda cultural e um espaço onde podem ouvir músicas ao vivo e serve para dar emprego aos artistas e outros profissionais auxiliares. E partilhar o palco com a Margareth de Rosário, Cota Calabeto e a Banda Maravilha é sempre um privilegio”, disse Euclides da Lomba.
O artista afirmou que continua a trabalhar e a lutar, pois o futuro a Deus pertence e a música continua a ser a sua janela de escape para tudo na vida. "Temos várias músicas novas e gravar CD já está fora da modo, mas vamos adoptar o que a nova geração tem feito e divulgar as suas obras nas plataformas digitais, porque o CD tem perdido o seu peso”, lamentou, acrescentando que nos últimos dias tem estado a produzir com muitos outros artistas como Rui Orlando.
O gestor da unidade hoteleira e o principal dinamizador do projecto, António Simão, destacou que esperava uma casa mais cheia. "Mas pelo facto de termos o final de semana prolongado, dá-se o caso de algumas pessoas eventualmente terem saído para as outras províncias, por essa razão não superou as expectativas”, disse, realçando, por outro lado, que teve um público considerável para aplaudir o trio de artistas.
O arranque da primeira edição da segunda temporada do "Almoço Angolano” teve efeitos positivos, disse António Simão, que acredita que os presentes gostaram de acompanhar os artistas e também da gastronomia da casa. Revelou que o próximo concerto está previsto para o último domingo do mês de Abril, mas não avançou o elenco artístico para a segunda edição do "Almoço Angolano”.
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