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A directora regional para África da Organização Mundial da Saúde (OMS), Matshidiso Moeti, disse esta sexta-feira que a principal preocupação já não é a Covid-19, mas sim o surto de cólera, que afecta 10 países africanos. “
"Pela primeira vez desde que a Covid-19 abalou as nossas vidas, Janeiro não é sinónimo de um surto, e África está a embarcar no quarto ano da pandemia com a esperança de ultrapassar o modo de resposta de emergência, passando a conviver com o vírus neste novo normal”, afirmou. Na conferência de imprensa, a OMS defendeu ainda a necessidade de incluir a vacina contra a Covid-19 no plano de vacinação normal dos países africanos.
A epidemia de cólera em curso desde Março de 2022, no Malawi, já matou mais de mil pessoas, de acordo com o Governo, e já causou a morte a 16 pessoas em Moçambique. "Nós temos um cumulativo de 1.376 casos de cólera e 16 óbitos, que correspondem a uma taxa de letalidade de 1,2%”, disse Domingos Guiole, do departamento de vigilância em saúde pública no Misau, citado a 16 de Janeiro pela televisão privada STV, o que levou o próprio Presidente da República, Filipe Nyusi, a defender que sejam "redobrados os cuidados de higiene”.
O Centro Africano para o Controlo e Prevenção de Doenças (África CDC) da União Africana, também disse ontem estar preocupado com a expansão do surto de cólera no Malawi a outros países vizinhos, nomeadamente Moçambique.
"Estamos a trabalhar de perto com as autoridades do Malawi para conter o surto de cólera, que é uma doença prevenível e tratável desde que se tenham as ferramentas”, afirmou o director interino do África CDC, Ahmed Ogwell, numa conferência de imprensa.
"Receamos que a doença possa cruzar as fronteiras do Malawi e começar a afectar outros países vizinhos, especialmente Moçambique”, acrescentou o responsável, citado pela agência Efe.
No encontro virtual, Ogwell
admitiu "grande preocupação” pelos vários surtos de cólera que existem neste
momento em África, como no Malawi, Burundi, República Democrática do Congo
(RDC), Moçambique e Quénia, entre outros, nos quais já causaram mais de 19 mil
infecções este ano.
Governação mais fragilizada
Um novo relatório sobre a governação africana divulgado, na quinta-feira revela que grande parte do continente está "menos segura, protegida e democrática” do que há 10 anos, citando uma onda de golpes militares e conflitos armados. O retrocesso democrático agora ameaça reverter décadas de progresso feito em África, de acordo com um índice de governanção compilado pela Fundação Mo Ibrahim, que aponta 23 golpes bem-sucedidos e tentativas de golpe desde 2012.
"Esse fenómeno de golpe de estado que era comum nos anos 80 parece ter voltado à moda em certas partes da África”, disse Mo Ibrahim, um bilionário britânico nascido no Sudão que está a usar a sua fortuna para promover a democracia e a responsabilidade política na África. Segundo a Reuters, o relatório da sua fundação citou oito golpes bem-sucedidos apenas desde 2019. Mali e o vizinho Burkina Faso viram dois durante esse período, desestabilizando ainda mais uma parte do mundo já sitiada por militantes islâmicos.
Os autores do relatório também constataram que os problemas gerais de segurança são generalizados: na última década, quase 70% dos africanos viram a segurança e o estado de direito diminuírem nos seus países, refere o documento. Mais de 30 países caíram nesta categoria, de acordo com o índice.
O Sudão do Sul ficou na última posição, seguido pela Somália, Eritreia, RDC, Sudão, República Centro-Africana, Camarões, Burundi, Líbia e Guiné Equatorial.
A violência do governo contra civis e a agitação política aumentaram em toda a África desde o início da pandemia do Covid-19, diz o relatório, com os governos a usarem restrições para reprimir a dissidência.
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