Economia

Supermercado Shoprite prevê novos investimentos

Pedro Peterson

Jornalista

A rede de supermercados Shoprite pretende, este ano, continuar a fazer novos in-vestimentos no mercado como parte da estratégia do grupo para contrapor o actual cenário económico difícil, resultante do desalinhamento do comércio mundial.

25/01/2021  Última atualização 09H36
Rede de supermercados Shoprite © Fotografia por: DR
No relatório anual de 2020 que fez publicar, o grupo assegura que a actual situação económica mundial, motivada pela pandemia da Co-vid-19, está a forçá-los, como acontece com as demais em-presas de outros segmentos e do seu em particular, a rever os modelos de negócio para evitarem-se futuras perdas de activos.

Segundo o documento, o negócio do grupo no país apresentou em 2020 um equilíbrio constante nas vendas na ordem de 1,2 por cento, valor ainda assim inferior ao contabilizado em 2019, traduzindo-se numa queda de 29,1 por cento na venda global.
O  impacto combinado da inflação galopante e da desvalorização da moeda nacional, nos últimos anos, continuam a reduzir o poder de compra dos consumidores finais.

Por outro lado, o grupo assegura que, embora haja disponibilidade em dólares americanos no mercado para garantir os níveis de reserva, a oferta permanece ainda restrita, mas que conseguiu melhorar a disponibilidade do stock durante o segundo semestre de 2020.

"O ajuste de hiperinflação cumulativa resultou num aumento de 1,7 mil milhões de rands (72,9 mil milhões de kwanzas ), contra os 2,7 mil milhões em 2019 (115,8 mil milhões de kwanzas), em activos imobilizados, que teve um forte impacto, principalmente no portfólio das propriedades das operações do grupo no mercado nacional", avança.

Investimento em títulos

O relatório sustenta ainda que o dinheiro em moeda nacional e os depósitos de curto prazo estão sujeitos a onerosos regulamentos do controlo cambial local. Em função disso, o grupo está a utilizar o dinheiro em caixa para o comércio local e investiu o seu excedente em kwanzas, dólar, em obrigações, bem como em Bilhetes do Tesouro (BT) como parte da sua estratégia de cobertura contra uma possível desvalorização futura. Os títulos públicos no valor de 2,4 mil milhões de rands (103 mil milhões de kwanzas), têm vencimento nos próximos 12 meses e o objectivo é, seguramente, reinvestir em instrumentos financeiros mais rentáveis.
Em 2020, o grupo registou ganhos cambiais no valor de 566,4 milhões de rands (24,3 mil milhões de kwanzas).

No seu agregado, a maioria das diferenças de câmbio deve-se, sobretudo, a ganhos em moeda nacional, em títulos indexados em dólares americanos, nas perdas em empréstimos de curto prazo denominados em dólares americanos de operações fora da África do Sul e em saldos em dólares mantidos em contas offshore.  O valor em caixa e equivalentes de caixa líquidos (após a dedução dos descobertos bancários) totalizou, em 2020, um montante de 10 mil milhões de rands (429,1 mil milhões de kwanzas) em comparação com os 3,6 mil milhões registados em 2019. O aumento no valor em caixa foi principalmente devido a uma melhoria no capital circulante e do reduzido gasto de capital após a desaceleração do bloqueio resultante da venda de activos.

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