Sob o tema "A abordagem responsável de conteúdos nas redes sociais como promoção da paz”, o debate contou com a participação de académicos, políticos e jornalistas, tendo o subprocurador afirmado que, actualmente, com a evolução dos telemóveis digitais, muitos cidadãos divulgam conteúdos negativos e injuriosos de forma aleatória e sem pensar na repercussão que pode advir das acções irresponsáveis.

Sem falar em dados estatísticos, o magistrado do Ministério Público disse que o SIC diariamente regista vários crimes cibernéticos, sobretudo de injúria, ultraje, violência física, entre outros, resultado da abordagem inadequada de conteúdos nas redes sociais. 

Félix de Freitas defendeu que, para se evitar comportamentos desviantes, é necessário que o país trabalhe na elevação da cultura científica, de modo que seja reservada a moral educativa, visando à promoção da paz e da reconciliação nacional.

 O  académico  e jornalista da Televisão Pública Angola (TPA)  José Jaime, valorizou a utilização das redes sociais na divulgação de conteúdos informativos com o objectivo de manter as comunidades cada vez mais interactivas e informadas, assim como promover a educação científica no seio das camadas mais jovens.

José Jaime referiu que as redes sociais são, hoje, consideradas tão versáteis com a capacidade de promover uma comunicação mais abrangente e auxiliam os utilizadores a serem mais eficazes na pesquisa, na criação de aplicativos e no incremento intelectual dos utilizadores.

Para a chefe dos serviços provinciais do Instituto Nacional da Criança (INAC) no Cuando Cubango, Lérias Biwango, muitas crianças têm sido vítimas da utilização inadequada de conteúdos nas redes sociais, por causa do comportamento negativo de adultos que aliciam ou violentam as menores e depois expõem as fotos e vídeos ao público.