Cultura

Sons do Mayombe mostra a força do jazz em Cabinda

Analtino Santos e Alice André

Jornalistas

A Banda Sons do Mayombe é uma das surpresas da segunda edição do Festival Nacional Angojazz, que encerra hoje no Palácio de Ferro. As presenças de Angie Napende, Ipolito e Sul Jazz Band, artistas não residentes em Luanda, é uma demonstração da aposta da organização no jazz fora da capital.

14/04/2024  Última atualização 10H55
Os músicos de Cabinda provaram que a linguagem da música é universal e traz paz de espírito © Fotografia por: Luís Damião|Edições Novembro
O grupo subiu ao palco do anfiteatro Wyza, na Fundação Arte e Cultura, na mesma noite em que actuaram o pianista Newton Bonga, NG Banda, Estrela Basimba, Gelsom Jazz e Janete Chindedele, que apresentaram propostas diferenciadas, mas o som dos músicos da província mais ao Norte de Angola conquistou a audiência.

A.Banda Sons de Mayombe voltou a ser chamada para participar do Festival Nacional Angojazz e os cabindenses mostraram a verdadeira força do estilo jazz na terra do Kintuene e dos Bakamas. Foi visível o conhecimento dos jovens sobre o estilo, pela forma como cantaram e encantaram os admiradores. Foram muito aplaudidos.

O baterista, José Lubota, fez um concerto à parte e impressionou o público pela forma de tocar e recebeu a ovação:"Mayombe”. Em declarações ao Jornal de Angola disse que foi gratificante ter participado mais uma vez no festival. "É uma mais-valia, porque o evento ajuda a divulgar os nossos trabalhos, que continuem com esse projecto”, disse agradecido.

De acordo com o porta-voz do grupo, ao longo desses últimos meses, os músicos têm trabalhado muito. "Acredito que houve uma grande evolução, mesmo porque a princípio se calhar a nossa forma de fazer o estilo jazz não estivesse nos padrões pela sua complexidade. Felizmente têm dado aquela garra e dedicação. Sentimos que estamos no bom caminho”.

José Lubota fez um balanço positivo do festival em relação à edição passada. "Nesta edição, houve uma grande evolução. Cada momento foi aproveitado para mostrar o nosso potencial artístico. Isso tem sido um incentivo para nós em termos de busca de novos conhecimentos e temos dado o nosso melhor”, disse.

Do lado da organização, Dimbo Makiesse, director do Angojazz, avançou que o festival está a decorrer muito bem. "Todas as bandas estão presentes. Os músicos estão empolgados para tocar. Para já conseguimos notar a evolução em relação à primeira edição. E o público também respondeu muito mais. Estamos felizes e o resultado é positivo. Com certeza que temos alguns erros técnicos, porque o ser humano é imperfeito”, rematou o mentor do Angojazz..

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