A fonte indica que a petrolífera nacional firmou com a empresa sul-coreana Hyunday Samho Heavy Industry (HSHI), Co. Ltd, um acordo para a construção de dois navios petroleiros de grande porte.

As embarcações, com capacidade bruta de 158 mil TM e de transporte de cerca de um milhão de barris de petróleo bruto, vão reforçar a  frota internacional da Sonangol na referida classe, actualmente composta por nove  navios.
O Suezmax, cujo tempo de vida útil é de 20 anos, tem a designação derivada do facto de poder transitar pelo Canal de Suez, apesar da sua imponência e enorme capacidade de transporte de barris.

Com a compra, a Sonangol "chancela” a manutenção de um segmento do negócio do Shipping, que garante a modalidade de entrega de petróleo nos destinos solicitados pelos adquirentes, com a segurança e qualidade indispensáveis, sem a necessidade de recurso ao fretamento de meios de terceiros.

A aquisição, cujo processo de negociação foi encabeçada pela Unidade de Trading e Shipping, resulta da necessidade de substituição de algumas embarcações cujo tempo de vida se aproxima do limite técnico convencionado. O investimento, sublinha a fonte, é totalmente custeado com meios próprios (Sonangol) "pela auto-suficiência do negócio, assegura a vitalidade e rejuvenescimento de meios que sustentam um negócio consolidado e, desde cedo, revelado como segmento estratégico e claramente lucrativo para o país dada a sua preponderância para à economia nacional”.
Os navios  serão entregues no primeiro semestre de 2023, a primeira unidade, e no segundo semestre do mesmo ano, a segunda.

Histórico
Há quase quatro anos, a Sonangol adquiriu dois novos petroleiros, do tipo Suexmax, com capacidade para um milhão de barris de petróleo, aumentando para 12, o número de navios disponíveis na frota de transporte e comercialização de petróleo bruto.
Baptizados com os nomes de Sonangol Cazenga, em homenagem a um dos municípios históricos de Luanda, e Sonangol Maiombe,  que distingue a segunda mais importante área florestal do mundo, em Cabinda, os dois navios foram construídos pela empresa DSME, da Coreia do Sul, nos estaleiros de Okpo, e apresentam várias inovações e tecnologia de ponta que se reflectem no desenho original e no desempenho de navegação em alto mar.

Na altura, o documento referia que os dois navios entrariam em serviço de imediato, fazendo viagens inaugurais diversos transportes já fretados por empresas do Médio Oriente. A maioria dos tripulantes dos novos navios é de nacionalidade angolana.

  Petrolífera estatal revitaliza campos de produção
A Unidade de Negócios  de Exploração  e Produção (UNEP) da Sonangol está a desenvolver, o projecto Workover que, durante seis meses (Fevereiro a Agosto) prevê a reparação ou substituição das completações nos Blocos 3/05 e 3/05A, nas plataformas BUF-F1, e COB-F1, com o objectivo de aumentar a produção.
Segundo o Boletim da petrolífera, o projecto não é novo, já que esta Unidade de Negócio que tem no seu histórico mais recente a realização de um workover em 2015, num dos poços (BUF110) e, por sinal, na mesma plataforma (BUF-F1), onde se inicia a actividade neste ano. A diferença é que, em 2015, a operação foi executada com uma sonda e a actual conta com o concurso de uma Unidade Hidráulica de Workver-HWU.

A iniciativa está alinhada ao plano estratégico da companhia, materializa-se pela iniciativa de revitalização dos campos petrolíferos maduros com o objectivo de prolongar o tempo de vida dos poços. Citado pela publicação, o responsável do Departamento de Completação e Intervenção de poços, Tshissola Tambwe, disse que o projecto Workover é uma oportunidade para a melhoria da condição dos poços. Por sua vez, o engenheiro José Nzau disse que o projecto Workover representa uma das "maiores” oportunidades de restauração da integridade dos poços e incremento da produção a nível do Bloco 3.

Objectivo do projecto
O projecto Workover é a designação atribuída às intervenções efectuadas nos poços com o objectivo de manutenção da produção de óleo ou gás, e engloba dentre outras, as operações de restauração, estimulação e limpeza de incrustações. Este projecto, que visa igualmente o aperfeiçoamento dos processos de segurança nas instalações, conta com a participação das empresas Northec, Baker, Halliburton, Wilog, Schlumberger e Welltec. Angola  tem uma produção de 1,2 milhões de barris de crude por dia, volume que poderá  alterar, com a entrada em  acção de novos campos.