Dados avançados, ontem, pelo presidente do Conselho Executivo da multinacional indicam que a Angola Cables é, hoje, responsável por 1 por cento de todo o tráfego de Internet do mundo. No continente africano, 70 por cento de toda a internet passa pela Angola Cables, a única operadora africana entre as 100 maiores mundiais.

Ao apresentar a "Estratégia de Internacionalização da Angola Cables”, durante as sessões temáticas Comunicar por Angola, no âmbito da divulgação do PDN 2023-2027, Ângelo Filipe Pereira da Gama falou do percurso da empresa que possui, hoje, 33 mil quilómetros de rede própria submarina e estende os seus serviços por mais de 50 mil quilómetros, através de parceiros, permitindo conectar mercados em todo mundo, facilitando negócios digitais.

"Angola não é somente recursos naturais, também exportamos tecnologia e um exemplo é o Cloud feito em Angola que nós, "Angola Cables”, exportamos para o Brasil e outros países de África”, sublinha.

Com cerca de 60 por cento da força de trabalho nacional, com formação especializada e certificada em engenharia e em vários níveis, a Angola Cables está presente e desenvolve operações em vários países do mundo, como Brasil, África do Sul, Nigéria, Portugal e Bermudas.

Graças à ligação aos principais e mais relevantes provedores de serviços de comunicações e tecnologias de informação do mundo (mais de seis mil acordos em quatro continentes), a Angola Cables pretende ser o primeiro operador a conectar, através de cabos submarinos, o Atlântico Norte e o Sul.

Aposta para o período 2023/2027

O PCE da Angola Cables revelou que, no quadro do programa de internacionalização, almeja juntar os hemisférios norte e sul do oceano atlântico, através da construção do primeiro "Anel Transatlântico" em cabo submarino de fibra óptica.

Angola Cables ambiciona desenvolver o sector das Telecomunicações em países emergentes no hemisfério sul e fornecer conexões digitais para África e Europa (Brasil / LATAM / América e Ásia).

Outra objectivo é consolidar a presença nos mercados de Angola, África do Sul, Nigéria e Gana, bem como expandir para novos mercados que potenciem o negócio no Senegal, Cote d’voire, RDC e Moçambique. Com uma infra-estrutura robusta de cabos submarinos e uma rede IP altamente interligada, a Angola Cables oferece sistemas de cabos submarinos SACS, Monet e WACS. Conecta directamente com a América, África e Europa.

A Angola Cables gere o Data Center Tier III, AngoNAP-Fortaleza (Brasil) e Data Center AngoNAP Luanda (Angola), bem como a instalação PIX no Brasil e Angonix, um dos maiores Internet Exchange Points (IXP’s) em África.

"Top 10” tecnológicas mundiais são clientes da Angola Cables

Angola Cables tem, entre as clientes, as principais empresas de tecnologias de informação, telecomunicações do mundo, como a Microsoft, Amazon, Google, Meta,  Netflix, Apple,  Vodacom, Verizon e a Airtel. Em Angola, é responsável por quase todas as comunicações internacionais.

No ano passado, a operadora alcançou o recorde de tráfego de Internet de 12,7 Terabits por segundo, da sua rede global. Conta com mais de 66 Data Centers e mais de seis mil ligações da rede PEERING, com rotas de internet em África, passam por um ponto de rede Angola Cables.

Angola Cable figura-se como operadora líder no tráfego directo Atlântico Estados Unidos de America-África. Entre 2017 e 2019, iniciou a actividade comercial da Angola Cables-Brasil, do cabo Monet, SACS e a inauguração do Data Center Angonap-Fortaleza.  De acordo com Angelo da Gama, Angola Cables pretende entrar em novos sectores e segmentos de mercado, ser a unidade de negócio responsável em toda a zona do West Africa, ter maior penetração e cobertura de mercado, através da presença num maior número de Data Centers e estabelecer parcerias para Última Milhas e Conexão as duas principais cidades de Abuja e Port Hacourt.

Multinacional angolana entre as 35 maiores do mundo

Desde o início das actividades, em 2009, que a Angola Cables evoluiu para se tornar, hoje, numa das principais operadoras mundiais. "Queremos ser um operador pan-africano diferenciado, capaz de contribuir para o alcance da Iniciativa 8 – 80, que visa garantir que as comunicações em África não necessitem de sair do continente para se concretizar”, sublinha o PCE da Angola Cables.

Reconhecida como a 32.ª da lista das 100 maiores operadoras do mundo e a única africana classificada, a Angola Cables ambiciona ir além, para ajudar a tornar Angola num dos principais Hubs de telecomunicações em África e acelerar a transformação digital nos países do Atlântico Sul.

A Angola Cables é uma operadora multinacional angolana de telecomunicações de cabos de telecomunicações de fibra óptica. Fornece soluções de conectividade personalizadas para os segmentos grossista e empresarial.

O PCE sublinha que a empresa possui uma infra-estrutura robusta de cabos submarinos e uma rede IP (identificador que permite que as informações sejam enviadas entre dispositivos em uma rede) altamente interligada. O IP funciona como um endereço de casa para computadores e outros dispositivos na internet.

A Angola Cables oferece, igualmente,  aos clientes acesso aos maiores IXP's do mundo, operadores Tier 1 e fornecedores de conteúdos globais. Através dos sistemas de cabos submarinos SACS, Monet e WACS, a empresa conecta diretamente com  a América, África, Europa e estabeleceu parcerias para chegar à Ásia.A Angola Cables gere o Data Center Tier III, AngoNAP Fortaleza (Brasil) e o Data Center AngoNAP Luanda (Angola).

Defesa do ambiente

Dentro do escopo de actividade da empresa, a Angola Cables esforça-se em defesa do ambiente, ao mesmo tempo em que desenvolve um programa de responsabilidade social. O facto de os cabos submarinos estarem colocados nas profundezas do oceano, local onde habitam as tartarugas, reforça a preocupação permanente da empresa e suas equipas multinfuncionais com a preservação do ecossistema de forma a deixá-lo numa perspectiva sustentável às próximas gerações.

Ângelo da Gama sublinha os investimentos para que as operações da empresa continuem a preservar os mares e oceanos, assim como as espécies que lá habitam nomeadamente as tartarugas kitabanga, que são espécies protegidas por estarem em vias de extinção.