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A Cimeira dos Chefes de Estado de África da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA 21) arrancou este domingo, em Nairobi, capital do Kenya, com a reunião dos ministros das Finanças.
Angola ambiciona exportar energia com a interligação do Sistema Eléctrico Nacional aos países vizinhos, com realce para o Congo-Brazzaville, República Democrática do Congo (RDC), Zâmbia e Namíbia.
Enquadrado nos projectos prioritários do sector, para o período 2023-2027, a iniciativa, que deve arrancar brevemente, está em linha com os grandes desafios que o país tem desenvolvido no âmbito do aumento do volume de investimentos nos maiores centros de produção hídrica, solar e não só.
Por intermédio da Rede Nacional de Transporte de Electricidade (RNT), o país pretende alcançar diversas vantagens com a comercialização do excedente de energia no mercado regional, prevendo contribuir para a diversificação da economia e aumento do acesso às divisas, para a economia nacional, propiciando mais sustentabilidade financeira ao sector público de electricidade.
A estratégia compreende a efectivação da integração regional a nível da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), facilitação no aumento do acesso às fontes de energias limpas e baratas, expansão da rede de fibra óptica, bem como maior segurança de abastecimento de energia eléctrica no país.
Avultados
investimentos
No quadro da estratégia para o sector eléctrico, Angola beneficiou, no ano passado, do Standard Chartered, de 1,4 mil milhões de dólares em financiamento para a construção de infra-estruturas.
Estas infra-estruturas estão traduzidas em novos sistemas de produção de energia eléctrica e ajudarão as aldeias rurais em todo o país a tornarem-se mais auto-suficientes e menos dependentes da principal rede eléctrica nacional.
O projecto de electrificação em curso vai beneficiar aproximadamente 203.000 agregados familiares, cerca de um milhão de angolanos, em 60 comunidades.
O projecto contempla as províncias do Moxico, a maior província do país localizada no Leste, Lunda-Norte e Lunda-Sul, no Nordeste, Bié, na parte Central do país, e Malanje, que se encontra no Noroeste, num empréstimo de 900 milhões de dólares.
A iniciativa do Governo angolano inclui duas centrais solares fotovoltaicas, permitindo uma economia anual de 2.850.000 toneladas de combustíveis fósseis e, consequentemente, uma redução de emissões de dióxido de carbono na ordem de nove milhões de toneladas.
A redução de emissões de dióxido de carbono, indica a fonte do Ministério da Energia e Águas, trará benefícios ecológicos consideráveis, pois irá contribuir, significativamente, para a mitigação da poluição ambiental e para o controlo da emissão de gases de efeito estufa.
Progressos
significativos
A capacidade instalada do país é de 6.283 Megawatts (MW), numa altura em que o consumo actual é 2.375 MW.
A matriz eléctrica nacional comporta 59,79 por cento de energia hidroeléctrica, 35,74 por cento de energia térmica, 3,81 por cento de energia solar e 0,57 por cento de energia híbrida.
Actualmente, cerca de 63,6 por cento da energia produzida em Angola é energia limpa, de fontes não poluentes.
O sector está a trabalhar no projecto de interligação nacional, que vai permitir que a capacidade de produção existente na região Norte seja escoada para outras regiões do país, reduzindo a produção com recurso a combustíveis fósseis e a redução dos custos operacionais com combustíveis e manutenção.
Actualmente, estão interligadas as regiões Norte e Centro, beneficiando um total de 10 províncias, estando em curso o projecto para interligação da região Sul e da região Leste.
A taxa de electrificação tem vindo a aumentar ao longo dos últimos anos, tendo saído de 36 em 2017 para 43 por cento no I trimestre de 2023, pretendendo chegar a uma taxa de electrificação de 50 por cento em 2027.
No próximo ano estarão disponíveis 100 MW de energia limpa, com a conclusão da Central de Energia Fotovoltaica da Quilemba, na província da Huíla.
Até 2027, prevê-se a conclusão do amplo programa de electrificação rural, para levar energia eléctrica ao campo, com o emprego de energia fotovoltaica em várias províncias, num total de 126 localidades, para beneficiar cerca de 3 milhões de angolanos.
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