O objectivo, explicou, é criar medidas para uma maior aproximação dos sindicalistas com os docentes a trabalharem nas localidades mais recônditas. "Temos de auferir as necessidades dos professores que são colocados nas zonas de difícil acesso, em especial na província do Bengo”, adiantou.

Para o sindicalista, a decisão é de consenso comum, assim como os planos de acção a serem tomados pelo Sinprof no Bengo. "A medida teve o aval de todos. É preciso conhecer melhor a realidade dos professores angolanos”.

A decisão, saída da IV reunião ordinária da organização no Bengo, inclui ainda, entre os projectos, a assinatura de um memorando com o Governo local, para a aquisição de terrenos, a serem usados pelos professores para auto-construção dirigida.

O problema da habitação, recordou, é das maiores preocupações que o Sinprof tem encontrado, não só a nível local, como nacional. "É preciso criar condições para que os profissionais do sector possam viver com dignidade. A obtenção de uma habitação é um passo nesse sentido”, disse.

Metodologias de trabalho

Para o director provincial do Gabinete da Educação, é importante que os professores melhorem as metodologias de ensino, com mais apostas na formação.

Manuel Fernandes Kurizema disse que os professores não devem só reivindicar, mas estar preocupados com o aprimoramento das tarefas as quais devem cumprir com sentido patriótico. "Quanto mais professores comprometido com a causa tivermos, melhor, porque o país sai sempre a ganhar”.

A associação

O Sindicato Nacional dos Professores (SINPROF), enquanto parceiro social do Executivo, surgiu na década de 1990, com o objectivo de dar voz aos profissionais da classe, abrindo espaço de participação na base da identificação e solução dos problemas da Educação em Angola e contribuir para a sua melhoria.

Actualmente, o SINPROF está representado em todas as províncias de Angola e em 164 municípios. A acção do sindicato cinge-se na defesa dos direitos dos trabalhadores e na busca de conquistas sociais para o seu bem-estar.