Manuel Halaiwa adiantou que a droga, do tipo cocaína, estava dissimulada e embutida em pegas de malas de viagem, lençóis e toalhas de mesa. O primeiro caso, contou, ocorreu no dia 9 deste mês e permitiu a apreensão de quatro malas de viagem, provenientes do Brasil, no Terminal de Carga II, no Rocha Pinto, em Luanda.

As malas, contou, estavam em nome de uma cidadã, actualmente em fuga. "Depois de desembarcar no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, a cidadã não se dignou levantar a mercadoria. Acreditamos no envolvimento de um suposto mandante, a partir do Brasil, que teve o envolvimento de outros três indivíduos aqui em Angola”, disse.

O SIC, acrescentou, detectou que as malas tinham um peso superior ao normal, sobretudo nas pegas. "A perícia descobriu que estás estavam embutidas com substâncias suspeitas. Quando apareceu alguém a reclamar a posse da mala, este foi detido. Depois apareceu outra cidadã para levantar outra mala”.

O terceiro implicado, revelou, foi por sequência investigativa, pelo facto deste ter, no telemóvel, imagens das malas e saber identificar quais continham a droga. "Os acusados foram detidos e imediatamente encaminhados ao Ministério Público, que aplicou a medida de prisão preventiva”.

De acordo com relatos dos detidos, no dia 14 deste mês, a cidadã que ainda está em fuga, uma comerciante, de 48 anos, que viajou ao Brasil para visitar a filha, foi recrutada para trazer uma mala, com 52 embalagens, forradas com papel químico preto e embebidas em café líquido, de forma a desviar atenção dos técnicos e dos cães.

Depois do teste colorimétrico, o SIC conseguiu apreender 13,02 Kg de cocaína, escondida em embalagens, e 1,332 Kg, nas pegas das quatro malas.