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Serviço de Protecção Civil e Bombeiros mantém ajuda às vítimas das chuvas

Manuel Fontoura | Lucala

Jornalista

O Serviço de Protecção Civil e Bombeiros garantiu o apoio contínuo às vítimas das chuvas intensas, acompanhadas de ventos fortes, que caíram sobre a província do Cuanza-Norte, no período de 2021/2023, e causaram 13 mortos e 36 feridos, nos municípios de Cazengo, Golungo Alto, Ambaca, Cambambe e Lucala.

16/05/2023  Última atualização 09H53
As chuvas provocaram a destruição e inundação de várias residências, deixando ao relento 25.330 pessoas © Fotografia por: Edições Novembro

A Comissão Provincial de Protecção Civil e Bombeiros apresentou, numa reunião, realizada, em Ndalatando, sob orientação do governador Pedro Makita, o relatório oficial dos danos. 

A reunião teve como objectivo a avaliação das consequências das últimas chuvas, visando dar respostas céleres e eficazes às situações de calamidade, sinistralidade, que afectaram Cambambe e Cazengo, dois dos municípios mais visados. 

De acordo com o comunicado final, as chuvas provocaram ainda a destruição e inundação de várias residências, deixando ao relento 25.330 pessoas dos dez municípios da província.

A maioria das residências afectadas são de construção precária e situadas em zonas de risco, como margens de rios, valas de drenagem, zonas de lençóis freáticos, encostas de montanhas e ravinas, diz o comunicado da Comissão Provincial de Protecção Civil e Bombeiros.    O comunicado final da reunião dá conta de que, devido à abertura das comportas das barragens de Laúca e Cambambe, 70 residências ficaram inundadas nas aldeias de Maculumbi e Lola/Massangano, afectando 350 pessoas.

 A Comissão Provincial de Protecção Civil e Bombeiros mantém o apoio às vítimas das chuvas, realojando-as e entregando bens de primeira necessidade e continua a sensibilizar a população sobre os perigos das construções em zonas de risco.

 Segundo o comunicado, tem-se registado insuficiência de meios logísticos para apoio imediato às vítimas da chuva e outras calamidades. Os participantes à reunião defendem a necessidade de loteamento de terrenos para o reassentamento da população residente em zonas de risco.

A falta de um plano de desassoreamento dos principais rios que atravessam as sedes municipais, para melhor circulação e evacuação eficiente das águas, é outra situação preocupante na região.

O Governo Provincial, ainda segundo o comunicado final da reunião da Comissão de Protecção Civil e Bombeiros, adquiriu e recebeu bens alimentares e não alimentares diversos, estimados em 280 toneladas, provenientes de entidades benfeitoras parceiras do Governo e do Ministério da Administração do Território  que têm sido entregues às vítimas de calamidades naturais.

A comissão congratula-se com todas as entidades que se têm solidarizado com as populações sinistradas, apoiando com bens diversos, com realce para as empresas Harmoniza, ALL e o casal Demba da Fazenda "Planeta Verde."

Em relação à violência sexual, os participantes manifestaram-se preocupados com a tendência de crescimento de casos, tendo sido registados, nos últimos meses, 116 crimes desta natureza na província.

 Sobre a sinistralidade rodoviária, durante o ano de 2022 foram registados 369 acidentes, que vitimaram mortalmente 88 cidadãos e deixaram 413 feridos e danos materiais avaliados em 376.738.000 kwanzas.

A comissão recomenda que sejam reforçados os mecanismos de sensibilização para se evitar construções em zonas de risco, com a intervenção de grupos multissectoriais, para o melhor esclarecimento da população, e que sejam concebidas estratégias para minimizar os efeitos de calamidades naturais.

 Recomendou-se, também, a reparação de passagens hidráulicas no município de Cambambe, para se evitar danos em tempo chuvoso e a intensificação, pelo Comando de Protecção Civil e Bombeiros, dos trabalhos, junto das Administrações Municipais, que visam diminuir os casos de mordeduras de animais domésticos.

 Órgãos afins são chamados para analisarem, de forma pormenorizada, a situação da proliferação do VIH por infecção dolosa. Os participantes à reunião solicitaram à Polícia Nacional para que passe a esclarecer as causas dos acidentes de viação, para facilitar a intervenção dos órgãos afins do ponto de vista preventivo.

Finalmente, foi recomendado a melhoria da sinalização vertical e horizontal nas zonas urbanas, para que a mobilidade de veículos e de peões seja feita com mais segurança.

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